Comprar ou vender?

Petrobras (PETR4): Ação pode encolher 18% em meses, alerta bancão gringo

27 maio 2023, 16:11 - atualizado em 27 maio 2023, 16:16
Petrobras
Os analistas dizem que a política de dividendos, que deverá ser definida até junho, ainda segue nebulosa (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)

Apesar de elevar o preço-alvo da ação preferencial da Petrobras (PETR4) de R$ 20 para R$ 22 nos próximos 12 meses, o UBS-BB vê com ceticismo o recente rali do papel, que dispara 22% neste ano. O preço implica potencial de queda de 17,9% ante o último fechamento. A recomendação é de venda.

No relatório, os analistas Luiz Carvalho, Matheus Enfeldt e Tasso Vasconcellos se dizem surpreendidos positivamente pelos avanços recentes, que se mostraram menos negativos do que era esperado.

O trio argumenta que o fato do petróleo e do dólar terem caído ajudaram o governo a ‘poupar’ de críticas a empresa.

Porém, os analistas dizem que a política de dividendos, que deverá ser definida até junho, ainda segue nebulosa.

O UBS-BB tem como cenário um pagamento de 40% do fluxo de caixa em dividendos, rendimentos de 16% em 2023 e 13% para 2024, “o que seria negativo para a ação, a nosso ver, com risco negativo de porcentagens mais baixas ou menos visibilidade nos pagamentos”.

Mas o banco faz uma ressalva: se a Petrobras anunciar uma política de dividendos somada à recompra de excesso de caixa, o rendimento poderia bater em 20%, o que seria positivo e, consequentemente, puxaria a ação.

Quando anunciou os proventos, a estatal afirmou que estava estudando a possibilidade de abrir um programa de recompra, já que vê a ação barata. Com a operação, os dividendos aumentam, já que há menos papéis em circulação. Caso aprovado, será o primeiro programa de recompra na história da Petrobras.

Política de combustíveis da Petrobras

Sobre a nova política de preços da Petrobras, o UBS-BB diz que a medida trará controles menos restritivos e menor visibilidade nas margens.

“Vemos desafios para a Petrobras aumentar os preços caso o Brent suba e, embora prevejamos um impacto positivo líquido marginal nos lucros caso os preços dos combustíveis permaneçam fixos com o aumento do petróleo, acreditamos que os investidores podem favorecer outras empresas no setor de energia”, discorre.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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