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Plano de recuperação judicial de empresa é aprovado, mas tem fato inusitado; veja qual

12 nov 2023, 15:47 - atualizado em 12 nov 2023, 15:47
Rossi Residencial construção civil construtoras recuperação judicial
Recuperação judicial de construtora dura há mais de um ano e parece que se estenderá por décadas (Imagem: Rossi Residencial/Divulgação)

Na semana passada, o plano de recuperação judicial (RJ) da construtora Rossi Residencial (RSID3) foi aprovado em Assembleia Geral de Credores.

Com dívidas perto de R$ 1,3 bilhão, a empresa de construção civil entrou com o pedido de recuperação judicial em setembro de 2022.

Mais de um ano depois, a maioria dos credores presentes na Assembleia aprovou o plano, explicou a companhia em fato relevante divulgado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

“A Rossi entende que a aprovação do seu plano de recuperação judicial representa um marco fundamental no processo de reestruturação econômico-financeira do Grupo”, disse o diretor-presidente e de relações com investidores da construtora, Fernando Miziara de Mattos Cunha, em comunicado enviado ao mercado.

Plano de recuperação judicial prevê pagamentos daqui 40 anos

Entretanto, um fato chamou atenção no plano de RJ. A proposta de reestruturação prevê que a Rossi pague as dívidas daqui quatro décadas.

“A proposta do pedido de recuperação judicial oferece aos credores a opção de recebimento integral do crédito,
corrigida pela TR [taxa referencia], em parcela única, após 40 anos da homologação do plano”, diz o documento da Rossi.

A construtora ainda espera que credores detentores de aproximadamente R$ 964 milhões em créditos, o que corresponde a 72% do total, optem por essa modalidade. Eles são representantes das classes III (credores quirografários) e IV (microempresas e empresas de pequeno porte).

O plano de recuperação judicial da Rossi Residencial ainda propõe aos credores a opção de pagamento da dívida por meio de emissão de ações da companhia mediante conversão da dívida em aumento de seu capital. Sendo assim, o montante total a ser quitado nessa modalidade seria de R$ 96 milhões.

Repórter
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
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