Potencial fusão da Marfrig com BRF abre porteira de curto prazo

A possível fusão entre Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3) abre uma janela de oportunidades no curto prazo, na avaliação da Ágora Investimentos.

Na última sexta-feira (dia 21 de maio), a processadora de carnes Marfrig confirmou ter comprado cerca de 24,23% no capital da companhia de alimentos BRF. Na visão da empresa, a operação “visa diversificar os investimentos” do grupo.

Acompanhe o raciocínio dos analistas da Ágora em relação à oportunidade de ganhos com as ações:

“Desconsiderando o valor estratégico de ter se tornado o maior acionista de referência da BRF, o preço das ações da MRFG3 deve subir 14% para refletir o ganho de valor de mercado estimado das ações da BRF que recentemente adquiriu na Bolsa”, comentam os analistas Leandro Fontanesi e Ricardo França, que assinam o relatório.

Pelos cálculos da dupla, a Marfrig pagou na média R$ 22 por ação para atingir 24% de participação na BRF — reportagens mencionam que a Marfrig pagou aproximadamente US$ 800 milhões pelas ações.

Após o mercado descobrir quem estava comprando as ações da BRF como se não houvesse amanhã, o cenário mudou, e as recomendações para ambas as ações também. Marfrig tem indicação de compra, já BRF de neutra, após ações já terem disparado quase 30% desde o dia 14 de maio.

Nem tudo acaba em pizza

Ainda que tudo pareça bastante positivo, a transação em si não está livre de desafios, como já alertam analistas de outras corretoras de valores.

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A Marfrig e a BRF declararam em maio de 2019 que estavam estudando uma possível combinação de negócios, mas o processo não andou e foi cancelado poucos meses depois do anúncio.

Mas é fato que desde 2019 muita coisa aconteceu como, por exemplo, o evento da Febre Suína Africana piorando na China e criando uma das maiores oportunidades para empresas de proteína animal na história recente.

Também de olho no campo das incertezas, o BTG Pactual (BPAC11) opta por manter as recomendações neutras, tanto para BRFS3, quanto para MRFG3.

“Para além das questões financeiras, pesa saber como os acionistas minoritários ganharão à medida que a eventual fusão entre as duas companhias avance”, concluem os analistas Thiago Duarte e Henrique Brustolin, do banco de investimentos.

Veja a seguir as recomendações da Ágora Investimentos para o setor de proteína animal: