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Produtores conseguem segurar vendas e boi pode estar saindo do buraco, mesmo sem China

05 nov 2021, 7:12 - atualizado em 05 nov 2021, 8:02
Pecuária de corte Boi Carnes Agronegócio
Chuvas animam produtores a aguardarem recuperação das pastagens (Imagem: Embrapa/Ana Maio)

Se o boi virar a semana nova, com o jeito que está esboçando sair dessa, pode-se pensar que o mercado está saindo do período mais agudo das baixas seguidas, mesmo que a China não se apresente na ponta importadora da onde saiu no comecinho de setembro depois dos eventos do mal da vaca louca.

É certo que o volume de negócios é pequeno, mas o que parecia no começo da semana (embora com o feriado da terça) estabilização, os preços mostraram algum grau de alta.

O Cepea de ontem (4) deu mais 4,32% de alta em São Paulo, o Balizador GPB Datagro quase isso, a Agrifatto mais 0,78% e a Scot Consultoria subiu o seu levantamento em torno de R$ 1 sobre o dia anterior. Entre os dois primeiros e o último, de R$ 267 a R$ 257.

Inclusive os futuros na B3 (B3SA3) reagiram bem.

A disponibilidade de animais para os frigoríficos está mais estreita, ainda que as compras sejam modestas.

Mas mesmo para as necessidades acanhadas de abastecimento interno e externo, os bois de confinamento começam a cair e os produtores que ainda mantinham gado em semiconfinamento, ou sob alguma forma de suplementação alimentar, começam a ficar mais seguros, como lembrou Money Times há dois dias.

Além da queda nos valores das rações, ocasionada pela fraca demanda depois que a cadeia entrou em parafuso sem a China comprando carne, as chuvas dão um alento para as pastagens que podem ser recuperar um pouco até dezembro.

Com o cruzamento de que a primeira parcela do 13º salário está para sair, mais as expectativas de que as festas de dezembro tragam um consumo adicional, ficam armado o cenário de melhora nas condições de comercialização.

 

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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