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Quando as criptomoedas vão voltar a subir? 3 fatores decisivos para o rumo do Bitcoin (BTC), segundo casa análise

18 ago 2022, 15:16 - atualizado em 18 ago 2022, 15:16
Bitcoin quando sobe
Macro, ativos de risco e ouro: saiba os fatores que podem fazer com que o Bitcoin suba no curto prazo. (Imagem: Leonardo Rubinstein Cavalcanti/Crypto Times)

Os preços do Bitcoin (BTC), e principalmente de muitas criptomoedas, tiveram uma forte recuperação quando comparado com suas baixas dos últimos meses.

Para a casa de análise BCA Research, o Bitcoin atingiu o fundo de US$ 19.239,47 em 1º de julho e desde então vem estabelecendo um padrão clássico de alta de mínimos e máximos mais altos.

“Se a resistência na média móvel de 100 dias de US$ 29.483 for ultrapassada, o próximo teste técnico será de US$ 37.773, a média móvel de 200 dias. Enquanto isso, o Ethereum (ETH) chegou a US$ 1.035 em 12 de julho e, desde então, dobrou de preço”, consta no relatório.

De uma perspectiva mais ampla, a venda de criptomoedas nos últimos meses representou a queda mais significativa desde 2018.

Todavia, para BCA Research, existem no futuro, três fatores críticos que ditarão o caminho para as criptomoedas:

Primeiro, a direção dos ativos de risco, especialmente ações de tecnologia. Caso o último continue a ter um desempenho superior, fornece um meio para os investidores apostarem na plataforma blockchain, agregando valor a tokens como ETH e BTC.

Em segundo lugar, o caminho do dólar. Como um ativo anti-fiduciário, as criptomoedas foram atingidas quando o dólar subiu. Se o dólar cair, fornecerá combustível suficiente para uma fuga nas criptos.

Finalmente, o bitcoin tem superado o ouro, sugerindo que a preferência por ativos tangíveis pode estar diminuindo na margem.

O ratio, divisão do preço do Bitcoin pelo preço do ouro, representa o número de onças de ouro necessárias para comprar um único Bitcoin e é uma das ferramentas utilizadas pelos analistas para entender o cenário.

A análise do gráfico feita por especialistas é a de que, de maneira simples, quando a proporção aumenta, o Bitcoin está superando o ouro – e quando cai, o ouro está superando o Bitcoin.

Confira o gráfico dessa medida no período de um ano:

Bitcoin quando sobe
(Fonte: longtermtrends.net/Reprodução)

“Isso é notável, dado que a inflação permanece teimosamente alta. Uma mudança das participações em ouro para ativos criptográficos fornecerá um forte vento favorável para o ETH e o BTC.”

“O viés de nossos estrategistas de câmbio é que a corrida em criptos é tática, e não estratégica. Se a inflação principal continuar a rolar e os bancos centrais parecerem menos agressivos, isso impedirá o aumento do dólar e ajudará os ativos de risco, incluindo criptomoedas”, o relatório constata.

No entanto, se a inflação se mostrar rígida e os bancos centrais intensificarem sua retórica agressiva como resposta, os ativos alternativos sofrerão conforme exposto pela casa. 

“Nossos colegas esperam que os ativos de risco performem bem no curto prazo, mas sofram no segundo semestre de 2023” finaliza a pesquisa.

Por que a inflação derruba o Bitcoin (BTC)?

Pelo mesmo motivo que a correlação da criptomoeda com as ações de tecnologia ainda é alta: muito fluxo de dinheiro institucional.

O mercado de criptoativos começou antes no varejo, ou seja, eram em sua maioria pequenos investidores que negociavam entre si.

Conforme o mercado vem crescendo, e uma regulação ficando mais clara, é possível que vejamos esse crescimento de institucional a cada dia.

Atualmente, não existe um fundo de índice de Bitcoin (BTC), apenas em contratos futuros. Esse modelo de negociação justamente tende a possuir uma alta volatilidade caso o cenário macroeconômico esteja com um futuro incerto.

Pode ser visto que, somente 21,44% do volume de Bitcoin foi negociado à mercado nas últimas vinte e quatro horas, conforme o site de dados CryptoRank

Os volumes de operações em futuros de Bitcoin em 24h ultrapassam US$ 18 bilhões só na Binance, corretora cripto.

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Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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