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Quatro maneiras de obter renda passiva com criptomoedas

15 out 2021, 7:49 - atualizado em 15 out 2021, 7:49
Nesta matéria, você irá entender quatro modos diferentes de se obter renda passiva com cripto: staking, empréstimos, pools de liquidez e mineração (Imagem: Unsplash/artrachen)

A renda passiva no mercado de criptomoedas existe, e é algo relativamente simples. A maioria destas formas se dão por meio de uma interação colaborativa com certo projeto, recebendo seus tokens nativos em troca.

Entretanto, é importante estudar previamente cada maneira de gerar renda passiva, assim como em qual projeto irá investir para obter essa renda.

Assim como todo o mercado de criptomoedas, a volatilidade é algo comum, por isso existem rendas passivas com excelentes retornos. Entretanto, o desconhecimento sobre o assunto pode causar prejuízos.

Staking

O processo de “staking” é uma forma de validação de uma rede, ou de fazer parte de um projeto de governança. Esse processo de validação é chamado de “proof-of-stake” (PoS), e é utilizado por redes como a Ethereum (ETH).

Pode ser definido, basicamente, como o ato de usar seus tokens como forma de validar transações de uma rede, ou delegar esse processo a um terceiro.

Durante o processo, as criptomoedas ficam bloqueadas na rede para concluir o processo, e o validador recebe as taxas como recompensa.

Além de validar, também é possível bloquear estes tokens em sua rede para que sejam tomadas decisões de governança. Nesse processo, a recompensa também é recebida por meio de taxas.

O risco existente no processo de staking é chamado de “slashing”. Ele acontece caso o validador, ou a pessoa terceirizada para validar, faça algo de errado. Nesta situação, a rede irá punir o validador retirando a sua posse dos tokens.

Empréstimos (Lending)

Lending é uma maneira de renda passiva atrelada ao mercado de finanças descentralizadas, as DeFis.

É feito através do empréstimo de tokens por meio de uma plataforma de criptomoedas centralizada, ou descentralizada (DeX).

Aquele que opta por praticar este empréstimo recebe uma garantia em uma quantidade maior do que foi cedido, e recebe juros sobre esse valor.

Os dois maiores riscos deste processo são o risco de GAP e o risco de custódia da plataforma.

O risco de GAP ocorre quando a garantia recebida pelo empréstimo passa a não compensar mais pelo valor que foi cedido.

O motivo disso é que a volatilidade do mercado pode fazer com que o preço daquele ativo caia consideravelmente abaixo do valor inicial.

Nas redes de finanças descentralizadas, que atuam por meio de contratos inteligentes, quando o GAP acontece, o valor emprestado é instantaneamente liquidado para o credor.

O risco de custódia pode acontecer em plataformas centralizadas, onde existe o risco de ataques por hackers.

Piscinas de Liquidez (Liquidity Pools)

Este processo é feito a partir das corretoras descentralizadas, as DEXs, e é feito gerando liquidez. A pessoa em posse do ativo pode bloqueá-lo em um liquidity pool (LP), ou piscina de liquidez.

Neste processo, aquele ativo consegue ter uma maior liquidez em transações “peer-to-peer”, ou de ponta a ponta, pois não é necessária uma ordem de compra para encaixar em uma ordem de venda naquele mesmo segundo.

Os tokens podem ser retirados da piscina em função de completar uma transação. O colaborador de liquidez recebe taxas em formas de recompensas.

Os riscos atrelados a este tipo de processo são o de perda impermanente, ou “impermanent loss”, e novamente o de custódia da plataforma.

A perda impermanente acontece também devido à volatilidade do mercado. É quando o preço do ativo aumenta de maneira considerável. A perda acontece, porque, no momento da retirada das criptomoedas, você terá menor valor em dólares do que no momento do depósito.

Nesse caso, quanto menor o valor travado, menor as taxas recebidas, mas menor o risco de perda.

Mineração

Não se enquadraria exatamente como renda passiva, porém é interessante falar sobre esse modo de se obter renda. A mineração é o processo de validação de um blockchain.

O investimento para se tornar um minerador de criptomoeda varia de acordo com qual criptomoeda está minerando, mas costuma ser alto.

A forma de minerar a criptomoeda mais famosa do mundo, bitcoin (BTC), já não é mais plausível, devido à necessidade de se ter computadores potentes, caros e específicos para isso. Entretanto, ainda é possível minerar outros ativos digitais.

Esse processo requer que um computador resolva problemas matemáticos sofisticados para validar uma blockchain. Após resolver estes problemas, o minerador garante uma segurança e valida o blockchain e é recompensado com a criptomoeda.

Esse processo de validação é chamado de Proof-of-Work (PoW), e é diferente de redes que utilizam o proof-of-stake (PoS).

Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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