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Queda das ações da B3: risco ou oportunidade?

08 set 2021, 20:07 - atualizado em 09 set 2021, 13:27
B3SA3 - Bolsa de Valores
Apesar do tempo mais feio, a Ágora afirma que a B3 terá boa geração de ganhos à frente

As ações da B3 (B3SA3) derreteram em 2021: no acumulado do ano, os papéis derreteram mais de 40%. Na sessão desta quarta-feira, a dona da Bolsa brasileira caiu mais: tombou  8,3%. 

Mas isso é um risco ou oportunidade? Mesmo com todas as dificuldades, como um cenário mais difícil em meio à alta de taxas de juros, os analistas continuam otimistas com a B3. Esse é o caso, por exemplo, da Ágora Investimentos. A corretora tem recomendação de compra para a empresa, com preço-alvo de R$ 18, potencial de alta de cerca de 38%.

“Vemos a B3 sendo negociado a atraente 16x P/L 2022, já que a empresa está atualmente negociando com grande desconto em relação aos pares globais devido à reclassificação causada por rumores de concorrência e desaceleração no momento operacional”, afirma. 

Porém, a corretora deixa claro que o momento não é nada fácil: a companhia precisará lidar com o aumento nas taxas de juros, que aparentemente impactou os volumes em alguma extensão, potenciais perdas relacionadas a discussões jurídicas sobre derivativos da BM&F e preocupações com a concorrência.

“Acreditamos que a B3 está oferecendo uma relação risco vs. retorno menos favorável, devido a um possível impacto negativo sobre os volumes em função do aumento das taxas de juros. No entanto, sua avaliação atual deve fornecer um atraente dividend yield de 5,8%”, completa.

Espere lucros 

Apesar do tempo mais feio, a Ágora afirma que a B3 terá boa geração de ganhos à frente, com lucro líquido de R$ 5,4 bilhões em 2022 (5% no comparativo anual).

“As surpresas positivas nos lucros, em nossa visão, dependerão muito de um cenário macro mais favorável – que neste momento parece mais desafiador, principalmente se levarmos em consideração que as próximas eleições em 2022 podem trazer mais volatilidade ao mercado”, argumenta.

Ação defensiva?

Segundo o Santander, o investidor deve observar com carinho a B3. A empresa vem sofrendo neste ano com as especulações em torno de um novo concorrente e risco de contingência.

Porém, esses fatores negativos já estão precificados. O analista Henrique Navarro aproveitou o momento para incorporar os resultados do segundo trimestre, os dados operacionais de julho, a nova projeção da administração para 2021 e as novas estimativas macroeconômicas do Santander para elevar o preço-alvo até 2022 a R$ 22.

“Nosso preço-alvo sugere um potencial considerável de alta para um nome que tende a ser defensivo durante os períodos de turbulência”, completa.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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