Agronegócio

Reação do boi não é captada pelos indicadores e ajuda bagunçar o mercado

13 fev 2020, 14:16 - atualizado em 13 fev 2020, 14:16
Gado Boi
Mercado do boi não é refletido nos indicadores que pesquisam as cotações (Imagem: Arquivo/Agência Brasil/ASCOM ADEPARÁ)

O mercado do boi gordo mantém a relativa firmeza dos últimos dias, quando os negócios fora das médias das referências de balcão começaram a pontuar acima dos R$ 200,00 a @ em São Paulo. A marca dos R$ 205,00 já foi atingida, segundo informações seguras, mas a bagunça impera em indicadores que trabalham com média ponderada nas cotações.

O Cepea/Esalq, quase ‘oficial’, marcou ontem (12), os R$ 197,55 à vista, descontado do Funrural. O que chama a atenção foi a mínima atingida durante as negociações, de R$ 176,00. Produtores desesperados em regiões de pouco boi estão informando mais a instituição e nos negócios mais acima os vendedores e os frigoríficos não?

De acordo com o mercado, o indicador da instituição pode influenciar negativamente, incentivando a venda de bois dentro da “distorção”. Além de deprimir o deslanche dos futuros na B3 (março, abril e maio todos entre R$ 202,30 a R$ 202,80).

A Scot Consultoria se alinhou ao ‘boi Cepea’ nesta quarta, exatamente no mesmo valor à vista. Em informe, a empresa acusou o mercado interno ainda lento freando a @. Mas é justamente o mercado interno que vem dando fôlego para os preços, a partir da última semana de janeiro, até surpreendendo, uma vez que a força da demanda China está ausente.

Fevereiro mais curto e com feriados, e menos dias de abates, até poderia estimular um crescimento mais comedido, ou mesmo a chegada da segunda quinzena (sazonalmente consumo menor), mas a oferta de animais ainda é restrita.

Por que, então, tem negócios acima dos R$ 200,00 e até em R$ 210,00 (contando com premiação), mesmo que o imposto fique para o produtor descontar em folha?

Do app Agrobrazil, que recolhe informações de negócios comprovados, ao Grupo Pecuária Brasil (GPB), nesta quinta (13), os reportes de negócios estão seguindo a média da véspera, acima desses dois indicadores apontados.

O único que se aproxima desde ontem do cenário mais real é a referência pesquisada da Agrifatto. Saltou para R$ 201,00, com alta de 1,44% igualmente em pagamento no ato.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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