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Recuperação econômica da Alemanha após coronavírus ganha impulso, sugerem dados

01 jul 2020, 10:59 - atualizado em 01 jul 2020, 10:59
Alemanha
No mês passado, o número de pessoas desempregadas aumentou em 69.000, mostraram números do Escritório do Trabalho (Imagem: Reuters/Hannibal Hanschke)

As vendas no varejo da Alemanha subiram acentuadamente em maio e o desemprego aumentou menos do que o esperado em junho, mostraram dados divulgados nesta quarta-feira, sinalizando que a recuperação econômica do impacto do coronavírus está ganhando força.

As vendas no varejo aumentaram quase 14%, recuperando-se de uma queda de 6,5% em abril, amplamente sustentadas pelas compras online já que as preocupações com a doença mantinham muitos consumidores afastados das lojas.

No mês passado, o número de pessoas desempregadas aumentou em 69.000, mostraram números do Escritório do Trabalho  muito menos do que o aumento de 120.000 previsto em uma pesquisa da Reuters com analistas.

A maior economia da Europa tem resistido à Covid-19 melhor do que a maioria de seus vizinhos, ajudada por medidas de isolamento relativamente brandas que permitiram que algumas atividades sociais e industriais continuassem durante os meses de pico da epidemia, além de pacotes de resgate e estímulo robustos.

O instituto Ifo disse nesta quarta-feira que a economia deve retornar ao nível de produção do ano passado no final de 2021. “A partir de agora, as coisas estão melhorando gradualmente de novo”, afirmou.

O governo espera que um corte nas taxas de imposto sobre valor agregado de 1º de julho até o final de 2020 dê um novo impulso ao consumo, e também adotou um esquema de jornada de trabalho reduzida que permite às empresas colocar os funcionários em escala reduzida durante a desaceleração para mantê-los empregados.

Os números de quarta-feira significam que 2,943 milhões de pessoas estavam desempregadas na Alemanha no mês passado, elevando a taxa de desemprego ajustada sazonalmente a 6,4%.

O Ifo afirmou que espera que a economia tenha contraído 11,9% no segundo trimestre e prevê crescimento de 6,9% e 3,8% no terceiro e quarto trimestres significando uma contração de 6,7% em 2020, a recessão mais profunda da Alemanha desde a Segunda Guerra Mundial.

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