Commodities

Refinarias da UE disputam óleo de cozinha usado para combustível

23 out 2020, 18:22 - atualizado em 23 out 2020, 18:22
Petroleo
O interesse crescente coincidiu com a interrupção na disponibilização dos restaurantes, especialmente da China (Imagem: REUTERS/Angus Mordant)

O óleo que sobrou do jantar está se tornando uma commodity atrativa para a indústria de refino europeia que busca combater sua pegada de carbono.

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As refinarias do continente estão cada vez mais se voltando para o óleo de cozinha usado, ou UCO em inglês, como uma forma de produzir combustível rodoviário a fim de limitar suas emissões de carbono.

Em Roterdã, os preços estão cerca de 15% mais altos do que há um ano, segundo dados da SCB Brokers, especializada na commodity. Em contraste, o petróleo Brent caiu cerca de 30% no mesmo período.

A força relativa do UCO, negociado mais de duas vezes o preço do petróleo devido aos incentivos do governo para usá-lo, reflete a oferta limitada e a forte demanda, de acordo com a Neste Oyj da Finlândia, que se tornou líder de mercado em diesel renovável.

Outras refinarias da região, como a PKN Orlen da Polônia estão explorando o mercado. O interesse crescente coincidiu com a interrupção na disponibilização dos restaurantes, especialmente da China, que é o maior fornecedor externo da Europa.

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“Os mercados de resíduos e lixo devem permanecer apertados”, disse a Neste. “Embora a disponibilidade global tenha se recuperado gradualmente, sua demanda continua sólida.”

O óleo de cozinha usado ajuda a indústria a cumprir as metas europeias de combustíveis renováveis.

O benefício ambiental que o UCO oferece expressa o motivo pelo qual a UE deu a ele um peso maior em comparação com outras matérias-primas, algo que é conhecido como contagem dupla.

“A perspectiva de longo prazo para o óleo de cozinha usado é extremamente positiva, já que os países membros da UE buscam reduzir o uso de biocombustíveis em favor dos combustíveis derivados de resíduos”, disse Luke Watts, da SCB Brokers.

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A meta atual da Europa é que 10% do combustível rodoviário por conteúdo de energia da região venha de fontes renováveis, incluindo biocombustíveis, de acordo com o Fuels Europe, grupo que representa as refinarias da região. Atualmente, não há limite de quanto UCO pode ser usado para cumprir essa meta.

E tudo isso pode ser contado duas vezes, para que os produtores atinjam o nível de 10% com apenas 5% de óleo de cozinha usado. Essas regras vão mudar em breve.

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