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Representante da SEC pede que ethos de liberdade pessoal de cripto seja respeitado

11 dez 2020, 11:31 - atualizado em 11 dez 2020, 11:31
Christopher Giancarlo e Hester Peirce são duas figuras ilustres na defesa dos criptoativos no cenário financeiro americano (Imagem: Twitter/Hester Peirce)

Hester Peirce, representante da Comissão de Valores Mobiliários e Câmbio dos EUA (SEC), acredita que cripto é um campo de batalha para a conversa relacionada ao poder governamental e à liberdade pessoal.

Nessa quinta-feira (10), em uma palestra à Federalist Society, Peirce — uma voz discordante em meio às rejeições passadas da SEC em aprovar um fundo negociado em bolsa (ETF) de bitcoin — afirmou que cripto apresenta novos desafios a reguladores, mas que agências “devem encontrar uma forma de acolher os princípios de liberdade pessoal que a fundamentam”.

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Peirce novamente alertou sobre o excesso no planejamento central, que ela afirma estar voltando por meio de iniciativas federais de mudanças climáticas. As iniciativas de cripto atuam em oposição ao planejamento central, segundo ela.

Por esse motivo, ela afirmou que reguladores devem lutar contra a crescente infinidade de problemas que o setor cripto — e, principalmente, as finanças descentralizadas (ou DeFi) — cria para os agentes da lei em vez de limitar seu potencial com regulamentações indevidas.

“Se fôssemos dominar os recursos de melhoria de liberdade da tecnologia sob o peso da regulação, perderíamos muito poder dessa nova tecnologia em vez de fornecermos oportunidades às pessoas, cuja autonomia havia sido refreada, por exemplo, pelo acesso limitado ao sistema financeiro tradicional, pela localização geográfica, pela posição social ou sujeição a um governo repressivo”, disse Peirce.

Dada a sua preocupação com a liberdade pessoal, por se relacionar à regulação financeira, Peirce ironizou que sua afinidade para o Consolidated Audit Trail (CAT) — serviço de informações que permitiria que a SEC rastreasse ordens e atividades de corretagem por meio do ciclo comercial com maior transparência — poderia fazê-la ganhar um novo apelido.

“Eu falo tanto sobre minhas preocupações com o CAT que tenho medo de meu apelido mudar de ‘CryptoMom’ para ‘CATLady’”, disse ela.

A sigla do serviço da SEC relembra “cat”, a palavra em inglês para “gato”. Por ela defender tanto a indústria cripto, e ser apelidada de “criptomãe”, teme virar a “cat lady”, ou “dona dos gatos” em português.

“Porém, as consequências de liberdade dessa proposta merecem menção contínua.”

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