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Resultado da Yduqs foi assustador, mas parte dos analistas não vai fugir da ação por isso

27 ago 2020, 12:01 - atualizado em 27 ago 2020, 12:05
Estácio - Yduqs
O Ebitda, referente ao lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, apresentou um recuo de 67,5%, para R$ 111,2 milhões (Imagem: YouTube/Estácio)

A Yduqs (YDUQ3) mostrou um desempenho fraco no segundo trimestre de 2020. Segundo o BTG Pactual (BPAC11), os resultados foram pressionados pela queda do ticket médio, maiores provisões para devedores duvidosos e uma piora da alavancagem operacional.

Beneficiada pela consolidação da Adtalem, a receita líquida da companhia chegou a R$ 991,1 milhões, representando um avanço anual de 3,5%. Apesar do crescimento, as perdas de 53% nas receitas provenientes do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) afetaram os números.

O Ebitda, referente ao lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, apresentou um recuo de 67,5%, para R$ 111,2 milhões. Já a margem Ebitda caiu 24,5 pontos percentuais, atingindo 11,2%.

No trimestre, a Yduqs teve um prejuízo líquido de R$ 79,5 milhões, tendo revertido o lucro de R$ 194,8 milhões registrado no mesmo intervalo do ano passado.

“Acreditamos que o cenário atual pode ser bem difícil para nomes do setor de educação, como a Yduqs, potencialmente prejudicando o ticket médio, os ciclos de admissão, os níveis de evasão e as necessidades de capital de giro”, afirmaram Samuel Alves e Yan Cesquim, analistas do BTG.

Pela falta de catalisadores no curto prazo e um momentum fraco em ganhos, o banco manteve a recomendação neutra do papel, com preço-alvo de R$ 32 para os próximos 12 meses.

Impacto contido

Na avaliação do Credit Suisse, a situação da companhia não é tão ruim.

“Falando em termos operacionais, a Yduqs perdeu 2,2% de estudantes de graduação presenciais (versus o segundo trimestre de 2019, excluindo aquisições), um impacto relativamente contido, dada a deterioração do segmento pós-secundário e o agravamento da covid-19”, destacou Mauricio Cepeda, que assina o relatório divulgado aos clientes.

O analista explicou que a deterioração da base de alunos presenciais é uma continuação da tendência de queda da renda no país, agravada pela pandemia. Isso foi compensado pelo crescimento do ensino a distância (EAD) e dos cursos de medicina no período.

“Os resultados não se desviaram das nossas projeções até agora”, afirmou.

O Credit Suisse reiterou a compra da ação, indicando um preço-alvo em 12 meses de R$ 38.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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