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Resultados do Bradesco (BBDC4) saem nesta terça; confira as previsões de 7 analistas

07 nov 2022, 23:32 - atualizado em 07 nov 2022, 23:32
Bradesco
Em relação ao terceiro trimestre do Bradesco, especialistas estão cautelosos (Imagem: Renan Dantas/Money Times)

O Bradesco (BBDC4) reporta seus resultados do terceiro trimestre nesta terça-feira (8), após o fechamento do mercado.

Confirmando as expectativas de parte dos analistas do mercado, o Santander (SANB11), que abriu a temporada dos grandes bancos, apresentou números fracos, com lucro líquido societário vindo em R$ 3,03 bilhões, abaixo do esperado.

Em relação ao terceiro trimestre do Bradesco, especialistas parecem igualmente cautelosos.

O Bank of America (BofA) espera que os balanços de Itaú Unibanco (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) superem a performance de Bradesco e Santander.

Segundo o BofA, o NII (margem financeira) com o mercado deve desapontar novamente, principalmente no caso de Bradesco.

Na avaliação do Itaú BBA, a companhia deve divulgar números pouco convincentes. A instituição já vinha se mostrando um pouco cética com a recomendação de “outperform” (desempenho esperado acima da média do mercado, equivalente a “compra”) do Bradesco desde o primeiro trimestre do ano, mas resolveu rebaixar o papel recentemente, à espera de “mais um conjunto de resultados fracos no terceiro trimestre de 2022”.

Para o BBA, não só as NPLs (taxas de créditos inadimplentes) de varejo estão elevadas, como também existe uma contaminação persistente do portfólio de pequenas e médias empresas do Bradesco.

Além disso, os resultados financeiros na divisão de seguros devem ser negativamente impactados por uma inflação menor e elevadas taxas de sinistralidade.

Dentro do setor bancário, a Ativa Investimentos tem as projeções mais fracas para o Bradesco.

Com pior qualidade na carteira de crédito, o Bradesco deve apresentar uma desaceleração no crescimento da linha, ao passo que as projeções devem subir, avalia a corretora.

As perspectivas para seguros também não são boas. Por outro lado, a Ativa acredita que a receita de serviços continuará crescendo, compensando o pior resultado dos seguros.

Quanto vai lucrar?

A Ativa trabalha com uma projeção de R$ 6,58 bilhões para o lucro líquido do Bradesco, um recuo de 2,8% em relação ao terceiro trimestre do ano passado.

Para o time de análise do Santander, que levanta a possibilidade de o Bradesco ser um dos destaques negativos da temporada de balanços das empresas brasileiras, o lucro líquido recorrente da companhia deve atingir R$ 6,91 bilhões, com ROAE (retorno sobre o patrimônio líquido médio) recorrente alcançando 17,7%, contra 18,4% entre julho e setembro de 2021.

Pela leitura da Genial Investimentos, o lucro do Bradesco deve cair em relação ao segundo trimestre, mas ficará um pouco acima na base anual, chegando a R$ 6,85 bilhões.

“Acreditamos que a inadimplência continue a afetar os bancos em geral, movimento mais visível no Bradesco, por ter uma carteira de crédito concentrada em pessoa física”, comenta.

De acordo com a Genial, o Bradesco deve encerrar o ano com uma provisão para crédito duvidoso um pouco acima do guidance de R$ 17-21 bilhões.

O UBS BB diz que a contínua deterioração da qualidade de ativos afetará o Bradesco, que teve que enfrentar esse problema nos últimos trimestres. A instituição estima aumento trimestral de 25 pontos-base em NPL para a companhia.

Outro olhar

O Inter Research foca no aspecto positivo das operações do Bradesco.

De acordo com a equipe de análise, a rentabilidade vem sendo mais pressionada pelo segmento de crédito, onde a inadimplência tem se mostrado acima das expectativas no segmento de varejo, em linhas sem garantia.

Além disso, os resultados com tesouraria sentiram mais os efeitos da abertura da curva. Porém, o Inter acredita que, daqui para frente, com os juros se acomodando, a linha deve apresentar melhora.

O Inter também menciona o segmento segurador, que “começa a ver uma inflexão nos resultados”. Acredita-se que o cenário de sinistralidade elevada deve começar a cair à medida que os prêmios vão sendo reprecificados.

“Com isto, acreditamos que o Bradesco deva se beneficiar conforme o segmento segurador melhore sua rentabilidade”, diz.

Sobre o terceiro trimestre, especificamente, o Inter vê pressão com o avanço das despesas com provisões para devedores duvidosos, mas bom crescimento de receitas com cartões e controle em opex (despesas).

O lucro líquido esperado é de R$ 7,17 bilhões, com ROAE de 18,5%.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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