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Safra cheia do trigo derruba R$ 300/t com moinho sem pressa de assar o pão

17 ago 2022, 11:36 - atualizado em 17 ago 2022, 13:15
Boa temporada do trigo brasileiro deixa mercado travado entre compradores

Em menos de um mês a tonelada do trigo no mercado interno caiu cerca de R$ 300.

Essa queda é resultado do posicionamento lento dos compradores que aguardam uma safra cheia doméstica.

Os moinhos estão pagando em torno de R$ 1,890/t, comenta o trader Marcelo De Baco, da corretora gaúcha De Baco, especializada no cereal.

“A sobreoferta” que está sendo monitorada pelas empresas brasileiras é de 9,16 milhões de toneladas nesta temporada, segundo a Conab. Na safra 21/22, foram 7,8 milhões/t.

A colheita teve início no Paraná, na região Oeste.

Como será o resultado deste cenário nos preços dos alimentos o andar de agosto oferecerá as respostas.

Lembrando, por exemplo, que a M. Dias Branco (MDIA3), conseguiu expressivos resultados em seus balanços do segundo e primeiro trimestres de 2022 graças ao repasse acumulado no semestre de 36% nos preços das massas e biscoitos.

Money Times aguarda posicionamento da Abitrigo sobre o tema.

A maior flexibilidade da matéria-prima, agora, em tese tende a oferecer pressão mais reduzida sobre os preços das indústrias, aliada às cotações de Chicago.

Os vencimentos futuros perderam muito do impacto que se viu até meados de junho e, nos últimos dias, o peso diminui mais, com a oferta ucraniana saindo pelo corredor liberado pela Rússia no Mar Negro, além das questões relacionadas ao risco sobre o consumo.

A boa temporada de chuvas no Sul, mais ainda no Rio Grande do Sul, durante o plantio, está garantindo um novo forte ciclo ao trigo.

Antes, a valorização do trigo que surgiu junto com a guerra da Ucrânia deixou os produtores animados para o plantio.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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