Economia

Selic: Piora das expectativas de inflação deve adiar cortes na taxa básica de juros

22 jan 2023, 9:00 - atualizado em 20 jan 2023, 11:41
Tesouro Direto, Selic, Inflação
Mercado está cada vez mais conformado que Selic permanecerá em patamar elevado em 2023 por conta da inflação persistente. (Imagem: Shutterstock)

A Selic está estacionada em 13,75% ao ano desde agosto do ano passado e deve continuar assim por um bom tempo – pelo menos até as expectativas de inflação melhorarem.

Segundo a Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado, a projeção é de que a taxa básica de juros permaneça no seu atual patamar até meados de 2023, recuando para 12% no fim do ano. A Selic prevista para o final do ano foi revisada para cima, ante a expectativa de 11,5%.

“A elevação das projeções para o IPCA no horizonte relevante (que inclui os anos de 2023 e 2024) tende a limitar o espaço existente para a redução dos juros possibilitado pelo processo de desinflação em curso. Por essa razão, ajustamos para cima a perspectiva para a taxa Selic em 2023, de 11,5% para 12,0% Para 2024, a projeção para a taxa básica de juros encontra-se em 9,5%”, diz o Relatório de Acompanhamento Fiscal.

A IFI ainda destaca que é esperada uma provável postergação do início e da redução da magnitude do ciclo de redução dos juros, sendo que o Banco Central deve monitorar a evolução das expectativas e o balanço de riscos.

Expectativa de inflação vs Selic mais baixa

Em 2022, a inflação acumulada ficou em 5,79%, influenciada pelo corte de impostos sobre combustíveis e acima do teto da meta, de 5%.

As expectativas para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2023 e 2024 continuam subindo, limitando o espaço para cortes na Selic.

No Relatório Focus da semana passada, o mercado elevou a projeção da inflação de 2023 de 5,36% para 5,39% – também acima do teto da meta. 

“A pesquisa Focus mostra também elevação das projeções para 2025, horizonte mais longo, capturando possivelmente o aumento do risco fiscal”, indica o relatório.

Segundo a IFI, a inércia do ano passado foi o principal fator para o desvio da inflação em relação à meta.

 

 

 

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Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora-chefe no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
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