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Senador dos EUA sugere que maconha é melhor que criptomoedas; entenda

17 mar 2023, 11:19 - atualizado em 17 mar 2023, 11:19
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A crítica feita pelo democrata Bennet refere-se ao envolvimento do Signature Bank com o mercado de criptoativos (Imagem: Unsplash/Quantitatives)

O Senador dos Estados Unidos, Michael Bennet, criticou a indústria de criptomoedas em uma audiência no Comitê de Finanças. Mais que isso, ele disse que prefere a indústria de Cannabis  sativa– ou seja, de maconha.

Segundo o democrata, a criptomoeda não é tão “estável quanto a indústria da maconha”.  O comentário foi feito durante discussões no Comitê sobre a quebra de bancos nos EUA, conforme noticiado pelo The Block.

A crítica feita por Bennet refere-se ao envolvimento do Signature Bank com o mercado de criptoativos. “No fim de semana passado, o Signature Bank faliu e quase um quinto de seus depósitos veio de cripto – como se eles não tivessem permissão para fazer nada com maconha, mas aparentemente eles podem colocar 20% disso em cripto – um ativo notoriamente instável, um coisa que ninguém aqui entende”, disse Bennet.

A maconha é legalizada em 37 estados dos EUA, de acordo com a American Bankers Association. Entretanto, a posse, distribuição ou venda da planta é ilegal em nível federal.

Paralelamente, ocorre outra discussão no Senado sobre a criação de uma legislação que permitiria aos bancos do país oferecer serviços bancários para a indústria de Cannabis. Isso porque, muitas vezes, os bancos não querem se arriscar no negócio devido aos riscos legais e regulatórios que envolvem essa indústria nos EUA.  

Tanto que Bennet pergunta a opinião de Janet Yellen, secretária do Tesouro Nacional. “Como você apontou, no caso da maconha, é contra a lei federal. Infelizmente, é uma barreira para serviços bancários apropriados para a indústria e é algo para o qual os reguladores têm procurado soluções”, disse Yellen.

Estados Unidos x Criptomoedas

Ao mesmo tempo, as discussões sobre regulação de criptomoedas nos EUA se intensificaram desde o começo deste ano, após o órgão regulador de valores mobiliários, SEC, entrar em um embate sobre definir o Ethereum (ETH) como um valor mobiliário.

Entre os embates do governo dos Estados Unidos com a indústria cripto que ganhou força neste ano está também o banimento da emissão da stablecoin BUSD, criptomoeda pareada ao dólar da corretora Binance.

A emissora dessa stablecoin para a Binance, uma empresa chamada Paxos, foi proibida de emitir novos tokens, e terá que gradualmente até julho de 2024 retirar o que já circula do mercado.

O Signature Bank, assim como o Silvergate, era um dos bancos parceiros de empresas criptos. Ou seja, oferecia serviço de pagamentos e depósitos institucionais vindos de criptomoedas.

Após ambos os bancos anunciaram o encerramento das operações, as empresas de criptomoedas buscam novos parceiros para migrar. Segundo especialistas, a iniciativa pode fazer com que afaste dos Estados Unidos o capital que vem desse mercado.

Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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