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Shoppings: 3 razões para seguir acreditando no setor e as ações para comprar agora, segundo BTG

23 out 2022, 16:58 - atualizado em 23 out 2022, 16:58
Iguatemi
A combinação de três fatores contribui com a visão construtiva do BTG para as operadoras de shopping centers (Imagem: Divulgação)

Analistas do BTG Pactual continuam otimistas com o setor de shoppings. Após um primeiro semestre mais forte que o esperado, o banco avalia que o segundo semestre está se desenvolvendo bem, apesar das expectativas de desaceleração.

A combinação de três fatores contribui com a visão construtiva do BTG para as operadoras de shopping centers:

  1. portfólios de shoppings premium (muito resilientes em meio a um cenário macro difícil);
  2. forte crescimento dos lucros (maiores receitas de aluguel mais do que compensando maiores despesas com juros); e
  3. valuations atrativos (em todas as métricas, incluindo múltiplos, TIR [taxa interna de retorno], valor de liquidação etc.).

De acordo com o BTG, apesar de as taxas de juros elevadas impedirem uma recuperação mais forte das ações do setor, o forte crescimento do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), impulsionado pelas vendas dos lojistas, compensou.

“Os números recentes de SSS (vendas em mesmas lojas) foram uma agradável surpresa para a maioria dos investidores (inclusive para nós)”, comentam Gustavo Cambauva, Elvis Credendio, Bruno Tomazetto e Luis Mollo, em relatório divulgado na sexta-feira (21).

Na avaliação dos analistas, o forte desempenho reforçou que:

  • o negócio de shoppings é altamente resiliente, principalmente após sair de um “teste de estresse” induzido pela Covid-19;
  • o e-commerce não é uma grande ameaça aos shoppings brasileiros;
  • portfólios de shoppings premium tendem a ter desempenho superior em cenários difíceis;
  • empresas listadas estão muito bem posicionadas no setor; e
  • ainda há opções de crescimento (principalmente via M&A [fusões e aquisições]).

Atualização de estimativas

O BTG atualizou as teses de investimento de três empresas do setor: Iguatemi (IGTI11), Multiplan (MULT3) e SYN (SYNE3), sendo a primeira a principal escolha do banco.

A preferência por Iguatemi pode ser explicada pelo valuation.

“Nossa preferência relativa é a Iguatemi devido ao seu desconto para a Multiplan (a TIR real é ~150 pontos-base maior)”, afirma o time de análise.

O BTG está com recomendação de compra para Iguatemi e Multiplan, enquanto SYN foi rebaixada para “neutro”.

“Embora não achemos que a ação pareça cara, acreditamos que seja menos atraente do que seus pares, devido ao seu menor volume de negociação e maior alavancagem”, explicam os analista sobre a SYN.

Sobre o Iguatemi, o BTG acrescenta que o declínio nas taxas reais de longo prazo não se refletiu totalmente no desempenho das ações, tornando o valuation mais atraente.

“Como o Iguatemi parece mais atraente em termos relativos, é nosso nome preferido neste momento”, reforça.

Os preços-alvo estipulados para Iguatemi, Multiplan e SYN são de, respectivamente, R$ 29, R$ 31 e R$ 6,50.

O BTG planeja revisar as teses de Aliansce Sonae (ALSO3) e brMalls (BRML3) em breve, após a fusão.

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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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