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Silêncio da China sobre rápidos ganhos do yuan deixa mercados inquietos

21 out 2021, 11:45 - atualizado em 21 out 2021, 11:45
Yuan
Esse silêncio, em meio a sinais crescentes de fraqueza na economia, fez os analistas suporem que o Banco do Povo da China está cumprindo sua palavra sobre deixar as forças do mercado ditarem a trajetória do yuan (Imagem: REUTERS/Thomas White/Illustration)

Conforme o yuan da China escala rapidamente para seus patamares mais altos em seis anos em relação às divisas de seus parceiros comerciais, uma notável ausência de preocupação e intervenção por parte das autoridades está deixando investidores inquietos.

Pequim até agora não interveio direta ou verbalmente durante a ascensão do yuan desde o início de setembro, que levou a moeda a uma máxima em 4 meses e acima de 6,4 por dólar nesta semana.

O órgão regulador cambial da China, a Administração Estatal de Câmbio (Safe, na sigla em inglês), disse na quarta-feira que as autoridades manterão o iuan estável.

Esse silêncio, em meio a sinais crescentes de fraqueza na economia, fez os analistas suporem que o Banco do Povo da China está cumprindo sua palavra sobre deixar as forças do mercado ditarem a trajetória do yuan.

Uma teoria popular é de que a moeda tem ficado de lado enquanto as autoridades se concentram em redefinir as regras e as opções de financiamento para propriedades, tecnologia e uma série de outros setores.

A outra é de que o banco está esperando que o Federal Reserve comece a apertar sua política monetária, o que poderia reduzir o fluxo de dinheiro estrangeiro que tem pressionado o yuan para cima. “Manter o par dólar-yuan estável pode ser o ponto ideal neste momento”, disseram analistas do Maybank, observando que o yuan mais forte está, no momento, controlando o custo crescente das escassas matérias-primas e energia para os importadores.

O banco central chinês e a Safe não responderam de imediato a pedidos de comentários da Reuters. A escassez de energia, o controle do setor imobiliário e os lockdowns da Covid-19 causaram uma grande desaceleração na segunda maior economia do mundo no terceiro trimestre, mas o banco central manteve os juros estáveis ​​e as rédeas apertadas sobre a oferta de dinheiro.

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