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Soja no Brasil está US$ 180 a t acima da Argentina. E ambas bem mais caras que a americana

08 fev 2022, 11:03 - atualizado em 08 fev 2022, 11:50
Soja EUA
Soja americana, colhida até setembro, tem preços mais atrativos que a brasileira e argentina (Imagem: REUTERS/Kia Johnson)

Na segunda (7), a soja negociada na Argentina esteve na média de US$ 400 a tonelada, alta de US$ 10 sobre a sexta. No Brasil, a diferença foi de US$ 180 acima no preço nominal (US$ 580) e US$ 15 de valorização entre os dois dias.

Nos dois casos, bem mais caras que a tonelada da soja nos Estados Unidos, o que se reflete no descolamento dos importadores mundiais para aquele mercado.

Os prêmios estão bem mais inchados nos portos brasileiros, segundo o analista Vlamir Brandalizze, por uma quebra de safra mais acentuada, o que explica a diferença da cotação interna em relação à Argentina, como se vê pelo levantamento da Bolsa de Comercio de Rosário.

Marlos Correa, da InSoy Commodities também vê os prêmios no Brasil muito puxados, pela necessidade que a menor safra aqui oferece oportunidade para o exportador impor, porém esse movimento, na sua opinião, tende a ceder quando a colheita caminhar para o final e a intenção de plantio nos EUA mostrar tendência de alta.

Com a colheita avançando no Brasil, o volume de grão da safra 21/22 já desceu bem abaixo das 130 milhões de toneladas e os números vão sendo cada vez mais revistos para baixo. Já há previsões de 125 milhões de toneladas, frente as 144 milhões/t previstas e as 136 milhões da temporada 20/21.

Na Argentina, que também sofreu com a seca tanto quanto o Paraná e o Rio Grande do Sul, a produção está prevista em 42 milhões/t, segundo apuração da semana passada pela Bolsa de Cereais de Buenos Aires, contra em torno de 47 milhões da campanha anterior.

As chuvas mais recentes melhoraram um pouco mais o perfil de produção.

 

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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