Tesouro Direto

Tesouro Direto hoje: Risco de recessão e PEC dos benefícios levam Tesouro IPCA+ a 6,11%

06 jul 2022, 11:49 - atualizado em 06 jul 2022, 11:49
Tesouro Direto
Taxas no Tesouro Direto operam em alta nesta quinta-feira. Saiba qual é a ordem de preferência dos especialista em renda fixa. (Imagem: Fernanda Siebra)

As taxas dos títulos públicos no Tesouro Direto operam em alta nesta quarta-feira (6), com destaque para o desempenho dos títulos atrelados à inflação, o Tesouro IPCA+, impulsionado pelo risco de recessão global e por desdobramentos da PEC dos benefícios no Brasil.

Por volta do meio-dia (horário de Brasília), o Tesouro IPCA+ com vencimento em 2055 e com pagamento de juros semestrais rendia 6,11% ao ano, acima dos juros de 6,09% no último fechamento.

Na ponta mais curta, o Tesouro IPCA com vencimento em 2026 pagava juros de 5,86% ao ano acima do IPCA, ante a taxa de 5,83% na véspera.

Ordem de preferência na hora de investir

De maneira geral, todos os indexadores de renda fixa têm apreciado valorização nos últimos tempos, puxados pelo risco crescente de recessão global e, no caso brasileiro, a agenda fiscal segue pressionada pela PEC dos benefícios.

Por ordem, o título de renda fixa mais recomendado no Tesouro Direto, dado o cenário atual, é o Tesouro Selic, que garante mais segurança e liquidez diária, explica Ricardo Jorge, especialista em renda fixa e sócio da Quantzed.

“Em segundo lugar, títulos prefixados com menor participação na carteira podem incrementar o resultado do investidor a partir do momento em que a taxa Selic começar a cair a partir do ano que vem”, argumenta o especialista.

Títulos indexados à inflação (Tesouro IPCA+) aparecem na última posição de preferência dado o alto grau de risco do investidor trabalhar com cotas de vencimento mais longos.

Para diminuir risco, o melhor é trabalhar com prazos mais curtos como até 2026 no máximo.

“Só se deve ter ativos indexados à inflação se o investidor pensar que a inflação irá subir. Eu não acho que a inflação persistente seja o cenário para 2024 a 2026”, sintetiza o sócio da Quantzed.

Taxas do Tesouro Direto hoje (06/07/2022)

Confira os preços e as taxas de todos os títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto que eram oferecidos por volta do meio-dia nesta quarta-feira (6):

Título Rentabilidade anual Investimento mínimo Preço Unitário Vencimento
TESOURO PREFIXADO 2025 12,92% R$ 36,97 R$ 739,45 01/01/2025
TESOURO PREFIXADO 2029 13,05% R$ 31,67 R$ 452,52 01/01/2029
TESOURO PREFIXADO com juros semestrais 2033 13,15% R$ 33,32 R$ 833,11 01/01/2033
TESOURO SELIC 2025 SELIC + 0,0993% R$ 118,37 R$ 11.837,43 01/03/2025
TESOURO SELIC 2027 SELIC + 0,1595% R$ 117,81 R$ 11.781,34 01/03/2027
TESOURO IPCA+ 2026 IPCA + 5,82% R$ 31,65 R$ 3.165,86 15/08/2026
TESOURO IPCA+ 2035 IPCA + 6,01% R$ 37,81 R$ 1.890,68 15/05/2035
TESOURO IPCA+ 2045 IPCA + 6,01% R$ 31,69 R$ 1.056,45 15/05/2045
TESOURO IPCA+ com juros semestrais 2032 IPCA + 5,92% R$ 41,13 R$ 4.113,20 15/08/2032
TESOURO IPCA+ com juros semestrais 2040 IPCA + 6,01% R$ 40,88 R$ 4.088,52 15/08/2040
TESOURO IPCA+ com juros semestrais 2055 IPCA + 6,11% R$ 39,76 R$ 3.976,64 15/05/2055

Marcação a mercado no Tesouro Direto

Vale lembrar que as variações apresentadas correspondem a marcação a mercado, ou seja, a oscilação só atinge os investidores que resgatam os investimentos antes do fim do prazo “combinado” com o Tesouro Direto.

Se o investidor segurar o título até o seu vencimento, o retorno acordado na hora da compra está garantido.

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Repórter de renda fixa do Money Times e Editor de agronegócio do Agro Times desde 2019. Antes foi Apurador de notícias e Pauteiro na Rede TV! Formado em Jornalismo pela Universidade Paulista (UNIP) e em English for Journalism pela University of Pennsylvania. Motivado por novos desafios e notícias que gerem valor para todos.
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