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The Graph implementa tecnologia que agiliza micropagamentos em sua rede desenvolvida na Ethereum

09 out 2020, 13:16 - atualizado em 09 out 2020, 14:13
Nova ferramenta é uma tentativa de escalar a rede Ethereum, alvo recente de altas taxas de gás e congestionamento (Imagem: The Graph/Blog)

Escalabilidade é a capacidade de um sistema ou rede se ampliar e fazer a gestão da crescente demanda. Primeira camada é o termo usado para descrever a arquitetura principal e subjacente do blockchain.

Segunda camada é uma estrutura secundária ou um protocolo secundário criados acima de um sistema blockchain existente, em que o objetivo principal é aumentar a velocidade de transações e resolver as dificuldades de escalabilidade enfrentadas por grandes redes cripto.

Nesta sexta-feira (9), o protocolo de indexação The Graph anunciou que irá aplicar canais de segunda camada em sua rede desenvolvida na Ethereum.

Canais de segunda camada (do inglês “state channels”) se referem ao processo em que usuários realizam transações diretamente entre si fora do blockchain, minimizando bastante seu uso de operações no blockchain.

O desenvolvimento permitirá que usuários se conectem diretamente a uma rede distribuída de fornecedores de serviços descentralizados para a realização de micropagamentos ponto a ponto de forma mais rápida e segura, segundo a equipe por trás do projeto.

The Graph colaborou com os projetos de código aberto State Channels, L4, Magmo, Connext e o departamento de pesquisa e desenvolvimento ConsenSys Mesh.

The Graph desenvolveu um protocolo de indexação que organiza informações no blockchain de forma mais eficiente, tornando possível que desenvolvedores de aplicações criadas na Ethereum executem suas operações principais de forma mais tranquila.

Segundo o cofundador Yaniv Tal, aplicar “state channels” à rede principal em grande escala é um momento significativo para o setor.

“É importante que aplicações descentralizadas sejam executadas em uma infraestrutura descentralizada. Grande parte da hospedagem de nós, até agora, é dominada por serviços mais centralizados”, disse ele ao The Block.

The Graph não é exceção nesse quesito e, até agora, opera como um serviço de hospedagem com um ponto único de falha no setor, processando mais de sete bilhões de pedidos todo mês.

Tal afirmou que, quando a ferramenta de indexação lançar sua rede descentralizada este ano, desenvolvedores não terão mais de publicar seus subgrafos diretamente no serviço de hospedagem do The Graph.

Em vez disso, poderão se conectar diretamente a uma rede distribuída e descentralizada de fornecedores de serviço que estão acessando dados.

“State channels” desejam disponibilizar transações ponto a ponto criptograficamente seguras fora do blockchain sem que usuários tenham de depender que o blockchain principal verifique cada transação.

Porém, a tecnologia foi difícil de desenvolver. Tal disse que levou vários meses de pesquisa e desenvolvimento para chegar a esse ponto, mas ele sente que a tecnologia chegou a um ponto em que está pronta para a comercialização.

The Graph adotou o protocolo Nitro da State Channel e implementação de servidores de carteira para desenvolver seu protocolo de micropagamentos de código aberto e de ponto a ponto após ter apresentado um protótipo há um ano e meio.

O protocolo estará disponível após a ConsenSys Diligence realizar uma auditoria da tecnologia, afirma a equipe.

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