Trigo sobe em Chicago diante de um dólar mais fraco e por cobertura de posições vendidas

Os contratos futuros do trigo negociados na bolsa de Chicago (CBOT) ampliaram os ganhos nesta quarta-feira (21), chegando a atingir o maior valor em um mês, em meio ao suporte de um dólar mais fraco e à cobertura de posições vendidas, incentivada por preocupações com a produção, disseram analistas de mercado.
Os ganhos mais fortes foram observados nos mercados de trigo de Minneapolis e Kansas City, em meio a questões sobre danos às safras na China e na Rússia, perspectivas gerais de colheita no Hemisfério Norte e sinais de aumento da demanda global de trigo, disse Mike Zuzolo, presidente da Global Commodity Analytics.
O milho subiu para uma máxima de duas semanas, acompanhando o trigo, já que os traders acompanharam de perto o progresso da safra dos EUA, que deve ser colhida neste outono no Hemisfério Norte.
- E MAIS: Vale investir nas ações do Nubank (ROXO34) após o 1º trimestre de 2025? Analistas do BTG dão o veredito em relatório gratuito
Um dos motivos é que a relação entre os estoques globais de milho e seu uso para o próximo ano comercial deverá ser a mais apertada desde que a seca severa no Meio-Oeste dos EUA devastou os campos em 2012, o que fez com que os preços dos grãos disparassem, disseram os analistas de mercado.
A soja subiu para uma máxima de quase uma semana, apoiada por temores de que as fortes chuvas possam ter prejudicado as plantações de soja na Argentina — o maior exportador de farelo de soja.
“Os fundos estão em uma mentalidade de cobertura de posições vendidas neste momento”, disse Zuzolo.
O contrato de trigo mais ativo fechou em alta de 3,25 centavos, a US$5,4925 por bushel, depois de ter atingido anteriormente US$5,5625, seu maior valor desde 21 de abril.
O contrato subiu 3,2% na terça-feira, com um declínio inesperado nas classificações da safra de trigo dos EUA e relatórios de clima adverso na China e na Rússia, o que desencadeou uma cobertura de posições vendidas por parte dos investidores, depois que os preços atingiram uma mínima de cinco anos na semana passada.
A soja CBOT terminou em alta de 9,75 centavos, a US$ 10,6275 o bushel, e o milho fechou em alta de 6,50 centavos, a US$4,61 o bushel.