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Uma ação do setor de saúde para comprar e outra para ter cuidado após decisão da ANS

03 jun 2022, 13:28 - atualizado em 03 jun 2022, 17:59
saúde
A ANS alterou o teto para reajuste dos preços de planos de saúde individuais, a 15,5% em 2022 (Imagem: Reuters/Amit Dave)

A melhor ação do setor de saúde para comprar após o reajuste autorizado pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) para os planos de saúde é a do grupo Fleury (FLRY3), enquanto a da Hapvida (HAPV3) exige cautela do investidor, disse Gustavo Pazos, analista da Warren, ao Money Times.

Na semana passada, a ANS alterou o teto para reajuste dos preços de planos de saúde individuais, a 15,5% em 2022 até abril de 2023.

Segundo o analista da Warren, a Fleury segue como um destaque positivo para o setor. Ele diz que a companhia é pouco ligada ao mercado de seguros e, portanto, não será profundamente impactada pela mudança da autorizada pela ANS.

“É uma empresa de muita qualidade no setor de medicina diagnóstica, com forte presença em exames”, explica Pazos.

A Fleury somou um Ebitda (lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização) de R$ 326,6 milhões, uma alta de 14,4% no comparativo anual e também acima do esperado pelos analistas, segundo balanço mais recente, do primeiro trimestre de 2022,

O analista da Warren lembra que a Fleury vem fazendo diversas aquisições no setor de saúde, com bastante sinergia entre as empresa adquiridas, “o que vem favorecendo a companhia e, portanto, nos posicionamos como compra desse papel”.

Em maio, a companhia anunciou uma parceria com a Beneficiaria Portuguesa de São Paulo e a Atlântica Hospitais, operadora controlada pelo Bradesco (BBDC4), para criar uma empresa de oncologia. Uma medida vista com otimismo pelo mercado.

Preocupações com o setor

O reajuste autorizado pela ANS não é o principal fator de preocupação para as empresas do setor, conforme análise do especialista – mas, sim, o cenário macroeconômico, diz.

Em um contexto de aumento da inflação, “as pessoas acabam abrindo mão dos planos de saúde e favorecendo outros bens, e mesmo antes do reajuste a gente já via o número de planos sendo reduzido”, conta o analista da Warren.

“As operadoras, de modo geral, apresentaram resultados negativos no primeiro trimestre de 2022”, destaca o analista. O principal exemplo, segundo ele, é a Hapvida (HAPV3), que divulgou um resultado abaixo da expectativa do mercado no período.

“[A Hapvida], queridinha da Bolsa até então, vem caindo nas últimas semanas, por esse motivo, estamos meio pessimistas com as operadoras de seguros”, justifica.

As ações da empresa tombaram 16% no dia 17 de maio, após a divulgação dos resultados do 1T22, a R$ 6,56.

A companhia apresentou queda de 32% na linha do Ebtida, excluindo as opções de ações e assumindo dois terços das estimativas para a NotreDame (GNDI3), uma vez que houve a consolidação no final de janeiro.

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Jornalista formada pela Escola Superior de Propaganda e Marketing e repórter no portal Money Times, com passagem pela redação da Forbes Brasil. Atualmente escreve e acompanha notícias sobre economia, empresas e finanças.
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