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União Europeia não fecha acordo sobre subsídio agrícola em meio a disputa sobre temas ambientais

28 maio 2021, 15:41 - atualizado em 28 maio 2021, 15:41
A UE está próximo de finalizar uma disputa de três anos para a reforma da Política de Agricultura Comum (CAP, na sigla em inglês) (Imagem: Pixabay)

Os negociadores da União Europeia não conseguiram fechar nesta semana um acordo de reforma para o grande programa de subsídios agrícolas do bloco, e as conversas devem ser retomadas em junho, focadas em regras para proteger pequenos produtores e diminuir o impacto da agricultura no meio ambiente.

A UE está próximo de finalizar uma disputa de três anos para a reforma da Política de Agricultura Comum (CAP, na sigla em inglês).

O CAP envolverá praticamente um terço do orçamento da UE no período 2021-2027, ou 387 bilhões de euros, em pagamentos a produtores e apoio ao desenvolvimento rural, com as novas regras entrando em vigor a partir de 2023.

A reforma busca diminuir o impacto ambiental da agricultura, a fonte de pressão mais frequente relatada sobre habitats e espécies da Europa e responsável por 10% das emissões de gás de efeito estufa da UE.

Após conversas durante toda a noite na quinta-feira, os membros estados da União Europeia não conseguiram encontrar um acordo para levar adiante negociações junto ao Parlamento Europeu e a Comissão Europeia.

O representante de agricultura da UE Janusz Wojciechowski afirmou estar otimista de que um acordo será fechado em junho. Ele disse que países-membros estavam com “medos exagerados” de que o dinheiro separado para programas ambientais não seria todo utilizado porque produtores não buscariam se habilitar a isso.

Uma discussão não resolvida é quanto gastar em “esquemas-ecológicos” para proteger o meio ambiente, como produções orgânicas ou re-umedecer turfeiras para absorver CO2.

Outra questão em debate é como desviar recursos dos grandes proprietários de terra e empresas para pequenos produtores.

O parlamento afirmou que os países deveriam redistribuir uma parcela das verbas para pequenos produtores. Os países membros têm defendido que podem optar por não fazer isso, desde que apliquem outras formas de distribuir os fundos de forma justa.

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