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Vaca louca: Mapa não sabe quando a China voltará a importar e confirma estar de mãos amarradas

29 set 2021, 9:28 - atualizado em 29 set 2021, 9:40
China Carnes
Sem China no mercado, carne bovina patina nas exportações, arrastando para baixo preço do boi (Imagem: REUTERS/Fang Nanlin)

O Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) está de mãos amarradas, sem ter mais o que fazer até que a China levante o embargo às importações de carne bovina do Brasil, proibidas a partir dos dois casos de vaca louca verificados no começo de setembro. .

“Da forma como está acordado hoje, não temos como estabelecer uma data”, diz em nota.

Em reposta à Money Times nesta quarta (29), que questionou a pasta em 22 de setembro quanto à demora, está claro que “temos atendido pronta e tempestivamente todos os pedidos de informação que nos são dirigidos. Além disso, encaminhamos solicitação para reunião técnica, ainda não agendada pelas autoridades chinesas, que alegam estarem analisando as informações enviadas”.

Vale lembrar que em 2019, após caso semelhante de vaca louca, a China voltou a importar 13 dias após o ocorrido.

Portanto, se no protocolo vigente entre os dois países “não estão definidos os passos para a retomada do comércio”, como diz o Mapa, o Brasil continua sem resposta quanto o porque da diferença de tratamento entre os eventos de 2 anos atrás e os deste mês.

Desse modo, o mercado segue paralisado e começando a questionar se há algum fator fora do âmbito técnico, como, por exemplo, uma espécie de corpo mole de Pequim em respostas às críticas do governo brasileiro, sobretudo nesta pandemia, em relação ao “vírus chinês”.

O ministério informa também que há uma tentativa de revisão dos protocolos, iniciada em 2019, mas também sem avanço por parte do maior importador de carne bovina do Brasil.

O Mapa esclarece também que notificou os importadores antes da confirmação oficial do diagnóstico de “risco insignificante” e segue preocupado com o cenário que atinge frigoríficos e produtores de boi.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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