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Vale (VALE3): Lucro contrai mais de 30% no 4T23, a US$ 2,44 bilhões

22 fev 2024, 20:06 - atualizado em 22 fev 2024, 20:41
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Vale vê lucro recuar 34,7% no quarto trimestre de 2023, a US$ 2,44 bilhões (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O lucro líquido das operações continuadas da Vale (VALE3) atingiu US$ 2,44 bilhões no quarto trimestre de 2023, queda de 34,7% sobre o mesmo período de 2022, segundo o relatório divulgado nesta quinta-feira (22).

Já o lucro líquido das operações continuadas atribuído a acionistas somou US$ 2,41 bilhões.

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O lucro veio abaixo das estimativas do consenso do mercado. Dados de um levantamento da Bloomberg apontavam um valor esperado de R$ 18,9 bilhões, ou algo em torno de US$ 3,82 bilhões.

A baixa na linha se deve ao reconhecimento de provisão extra de US$ 1,2 bilhão envolvendo o rompimento da barragem de Fundão em Mariana (MG), pertencente à Samarco.

No relatório, a Vale também citou um potencial acordo global com as autoridades brasileiras envolvendo o caso.

“Embora ainda sujeita a incertezas, nossa avaliação considera todas as informações disponíveis sobre o status do potencial acordo, os processos relacionados ao rompimento da barragem da Samarco e até em que medida a Samarco terá capacidade de contribuir com quaisquer desembolsos futuros”, afirmou a mineradora.

No ano cheio de 2023, a Vale apontou lucro atribuível a acionistas de US$ 7,98 bilhões, contra saldo de US$ 16,7 bilhões.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado das operações continuadas totalizou US$ 6,33 bilhões no quarto trimestre, acima dos US$ 4,62 bilhões registrados um ano antes, refletindo melhor desempenho operacional e maiores preços realizados do minério de ferro.

Por outro lado, nos 12 meses acumulados do ano passado, o montante retraiu para US$ 17,9 bilhões.

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Receita se recupera no fim do ano com apoio das vendas

A receita líquida da Vale no quarto trimestre avançou 9,3% em base anual, a US$ 13 bilhões, impulsionada pelas vendas no período.

As vendas de finos e pelotas de minério de ferro totalizaram 88,2 milhões de toneladas, patamar estável em relação ao fim de 2022.

De acordo com a Vale, as vendas aproveitaram de uma maior produção e das vendas de estoque, beneficiando-se das condições favoráveis do mercado.

O preço médio realizado de finos de minério de ferro foi de US$ 118,30/tonelada. Já o de pelotas foi de US$ 163,40/tonelada.

A produção da companhia se recuperou, chegando a 89,4 milhões de toneladas métricas de minério de ferro. A produção de pelotas aumentou 1,6 milhão de toneladas no comparativo anual, impulsionada pelo aumento do fornecimento de pellet feed de Brucutu.

No ano completo de 2023, o volume de vendas de finos e pelotas de minério de ferro somou 292,6 milhões de toneladas. A produção de minério de ferro atingiu 321,1 milhões de toneladas, superando o guidance proposto de ~315 milhões de toneladas.

Na divisão de metais básicos, a produção de cobre da Vale no quarto trimestre saltou tanto no comparativo trimestral (+21,4%) quanto em base anual (+49,5%). Já o níquel apontou alta de 6,7% trimestre a trimestre, mas queda de 5,3% sobre os últimos três meses de 2022.

Em 2023, a produção de cobre subiu 29%, enquanto o volume produzido de níquel pela companhia recuou 7,9%.

As vendas de cobre no quarto trimestre também subiram forte, apontando alta anual de 36,2%. Enquanto isso, o volume de níquel vendido caiu 17,7%. No ano cheio, as vendas de cobre subiram 26,2%. Já o níquel recuou 7,1%.

Hoje, a Vale anunciou também o pagamento de R$ 2,73 por ação em dividendos.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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