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Vale (VALE3): Mercado começa contagem regressiva para resultados nesta quinta (26); veja o que dizem os analistas

26 out 2023, 7:30 - atualizado em 26 out 2023, 7:30
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Vale reporta nesta quinta-feira (26), após o fechamento do mercado, os resultados do terceiro trimestre (Imagem: REUTERS/Pilar Olivares)

A Vale (VALE3) é um dos assuntos da semana. Ela dará a largada para o setor de mineração e siderurgia na safra de balanços do terceiro trimestre, reportando nesta quinta-feira (26), após o fechamento do mercado, os números financeiros do período.

Na última semana, a Vale divulgou que, entre julho e setembro de 2023, produziu 86,2 milhões de toneladas métricas de minério de ferro, avanço de 9,5% em relação ao segundo trimestre do ano e recuo de 3,9% sobre o terceiro trimestre de 2022.

A produção de pelotas mostrou sinais de crescimento, principalmente em comparação ao terceiro trimestre de 2022. Foram produzidas 9,17 milhões de toneladas, avanço anual de 11,1%.

As vendas de finos e pelotas de minério de ferro aumentaram 6% ano a ano. Foram comercializados os estoques do primeiro semestre, enquanto que as condições favoráveis do mercado ajudaram a impulsionar os volumes, de acordo com a companhia.

Prestes a apresentar um bom trimestre

Na avaliação do Itaú BBA, a prévia operacional reforça a perspectiva de um bom trimestre, apesar de volumes “ligeiramente” mais fracos que o esperado para o segmento de metais básicos.

A instituição destaca, em especial, o preço médio realizado de finos de minério de ferro mais alto que um ano atrás, atingindo US$ 105,10/tonelada. A alta nos preços do minério de ferro e um impacto positivo de ajustes de preços ajudaram a levantar o valor.

Mesmo na categoria de níquel e cobre, os preços realizados vieram melhores, acrescenta o banco.

A Genial Investimentos acredita que existe forte perspectiva de recuperação para a Vale, impulsionada por diversos fatores positivos, incluindo a saída do período de sazonalidade negativa que perdurou na primeira metade do ano.

Condições pluviométricas melhores impactam positivamente a produção e as vendas da Vale. Isso está começando a acontecer no segundo semestre de 2023, com a consolidação dos dados do terceiro trimestre, afirma a corretora.

“Como é estritamente necessário um volume de vendas maior para aumentar a diluição de custo fixo, temos uma expectativa de que o custo C1, que se situou por ~US$ 26/tonelada até agora em 2023, deve assumir uma trajetória descendente no terceiro trimestre de 2023, para US$ 23,90/tonelada (-9,7% t/t; +4,9% a/a).”

Com receitas maiores derivados de melhores tendências para os volumes de vendas e maior capacidade de diluição de custo fixo, a Genial avalia que a Vale terá um aumento significativo no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização).

Desafios a serem endereçados

O BB Investimentos também projeta forte crescimento na linha do Ebitda consolidado, na ordem de dois dígitos no comparativo trimestral.

Por outro lado, a instituição vê alguns desafios a serem endereçados nos próximos trimestres, como a divisão de metais.

Enquanto a produção de cobre foi o destaque no trimestre, os volumes de níquel produzidos no terceiro trimestre recuaram mais de 18% no comparativo anual, afetados por uma produção menor no Canadá diante da manutenção não programada na refinaria de Sudbury e pelo menor ritmo na Indonésia.

Do lado das vendas, a categoria de cobre ficou estável trimestre a trimestre e saltou 47% ano a ano. No caso do níquel, os volumes encolheram 2,7% e 11,5% em base trimestral e anual, respectivamente.

A Ativa Investimentos recebeu melhor os números de cobre e acredita que o recuo das vendas e preços menores de referência podem significar números mais modestos para divisão de níquel.

Mesmo com o desempenho do cobre no trimestre, a Vale acabou revisando o guidance de produção do segmento para baixo em 15 mil toneladas por ano, a 315-325 mil toneladas por ano. O movimento é visto como um fator negativo pela corretora.

O que diz o consenso do mercado?

Nesta quinta, a Vale apresentará lucro líquido de R$ 13,3 bilhões, ou algo em torno de US$ 2,66 bilhões, de acordo com um levantamento realizado pela Bloomberg para medir as projeções do mercado nessa temporada de balanços corporativos.

O Ebitda esperado é de R$ 23,9 bilhões – ou US$ 4,78 bilhões -, enquanto a receita líquida estimada pelo consenso está em R$ 54,1 bilhões (~US$ 10,8 bilhões).

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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