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Varejo: Santander prevê 2023 positivo para essas 4 empresas

23 dez 2022, 15:04 - atualizado em 23 dez 2022, 15:04
Varejo
As principais apostas do varejo, segundo o Santander, são: Assaí, Renner, Soma e Mercado Livre (Imagem: Pixabay/Tamanna_rumee)

Existem empresas do varejo que devem se dar bem em 2023, na avaliação do Santander.

As principais apostas do banco para setor no próximo ano são Assaí (ASAI3), Renner (LREN3), Grupo Soma (SOMA3) e Mercado Livre (MELI). A recomendação de “outperform“, desempenho acima da média do mercado, foi reiterada para todos os papéis.

Boa ação dentro de cenário desafiador

O Santander destaca que, em relação ao Assaí, o sólido momento de ganhos irá acelerar ainda mais no próximo ano, especialmente com a conclusão da maior parte das conversões das lojas Extra, adquiridas do Grupo Pão de Açúcar (GPA – PCAR3).

Dada a perspectiva macroeconômica desafiadora, as empresas de cash & carry (atacarejo) serão as principais beneficiárias, capturando a tendência de extração em curso de hipermercados e supermercados para lojas deste segmento, avalia a instituição.

“Projetamos um crescimento de receita de 46% na base anual para o Assaí, com o lucro líquido logo atrás, crescendo 41%, apesar da maior alavancagem da empresa devido ao processo de aquisição e conversão de lojas Extra”, destacam os analistas Ruben Couto, Eric Huang e Vitor Fuziharo, em relatório publicado na terça-feira (20).

O Santander vê o varejista preenchendo todos os requisitos para se tornar uma das melhores opções do setor diante das perspectivas incertas para 2023. O preço-alvo foi elevado em R$ 1, subindo de R$ 24 para R$ 25.

Mais presente no mercado

O preço-alvo das ações da Renner foi reduzido, caindo de R$ 37 para R$ 30. O Santander assumiu uma postura conservadora para a empresa no sentido de crescimento de receita, ritmo de melhoria da rentabilidade e resultados gerais do segmento de financiamento ao consumo.

Em contrapartida, o Santander lembra que a Renner registrou ganhos de market share (participação de mercado) ao longo deste ano e espera que isso continue em 2023.

Na avaliação do Santander, a Renner continua sendo uma holding central para ganhar exposição ao consumo doméstico no Brasil no longo prazo, e com um perfil interessante de composição de resultados.

À frente da Arezzo

O Grupo Soma está ganhando um forte impulso operacional com o seu portfólio diversificado de marcas e o posicionamento em faixas de renda mais alta, segundo o Santander.

Em termos de preferência, o Santander coloca a empresa à frente da Arezzo (ARZZ3), principalmente por avaliar o Soma como mais barato.

“Vemos o Soma atualmente sendo negociado a 12x 2023 P/L (preço sobre lucro) contra 15x para Arezzo e, mais importante, esperamos que nos próximos trimestres e ao longo de 2024 o momentum de resultados deva mudar a favor do Soma”, estima.

O Santander projeta um crescimento anual de 20% nas vendas líquidas (excluindo Hering), o que avalia como “bastante positivo”, considerando o cenário macro.

O banco também espera melhorias contínuas na Hering. Contudo, o Santander pede para que os investidores se atentem em como a seleção de verão da marca será recebida pelos consumidores no ano que vem, sendo a primeira coleção da Hering desenhada diretamente pela Soma.

Apesar das projeções, o preço-alvo das ações da Soma foi reduzido em R$ 1, caindo de R$ 18 para R$ 17.

Líder em seu segmento

O Santander diz gostar do Mercado Livre por dois principais motivos. São eles: posição como plataforma de e-commerce líder na América Latina e capacidade da companhia de ser uma criadora de crescimento de longo prazo, em um processo que não parece estar desacelerando, na avaliação do banco.

O Santander avalia que o amadurecimento contínuo do ecossistema do Mercado Livre conseguiu trazer consistentemente novos e lucrativos fluxos de receita para alimentar seu volante.

“O Mercado Credito, sua divisão de crédito, segue crescendo com lucratividade, impulsionando o tamanho e a lucratividade do Mercado Pago, enquanto novos empreendimentos como o Mercado Ads devem reforçar o take rate e a lucratividade da divisão commerce”, diz.

Em 2023, o banco espera que a empresa mantenha o crescimento positivo da receita e expanda as margens, embora deva registrar uma leve desaceleração do GMV (volume bruto de mercadorias, importante indicador para o e-commerce).

O Mercado Livre é considerado pelo Santander a melhor escolha no espaço de comércio eletrônico, apesar de ter reduzido o preço-alvo de MELI para 2023, caindo de US$ 1.520 a US$ 1.300.

Repórter
Graduanda em jornalismo pela Universidade Estácio de Sá. Tem experiência cobrindo mercados, ações, investimentos, finanças, negócios, empreendedorismo, franquias, cultura e entretenimento. Ingressou no Money Times em 2021.
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Graduanda em jornalismo pela Universidade Estácio de Sá. Tem experiência cobrindo mercados, ações, investimentos, finanças, negócios, empreendedorismo, franquias, cultura e entretenimento. Ingressou no Money Times em 2021.
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