CryptoTimes

Veja os maiores “forks” do mercado de criptomoedas e como estão performando

20 ago 2022, 18:00 - atualizado em 22 ago 2022, 18:49
Bitcoin Ethereum
(Imagem: Pixabay/vjkombajn)

Após a rede Ethereum (ETH) passar por todas as fases de testes para o The Merge — e estar mais próximo da atualização mais esperada do ano pelos investidores — Chandler Guo, um influente investidor e minerador de criptomoedas chinês, propôs um fork na rede, ou seja, uma bifurcação do blockchain que resulta em uma nova rede a partir da original.

Nesse cenário, haveria dois blockchains, e duas redes, distintas e paralelas mas com o mesmo ponto de origem. Abaixo um esquema de como corre esse movimento na rede do Bitcoin, mas que exemplifica o que poderia ser em qualquer blockchain:

Ethereum fork bitcoin
(Imagem: forkdrop.io)

Embora a proposta tenha causado tumulto entre os investidores, não seria nem de longe a primeira vez que ocorre um fork na Ethereum (ETH), como também já ocorreu até mesmo no Bitcoin (BTC).

Querida, “forkei” as crianças

É importante ressaltar que existem forks involuntários. Esses, não se tratam de projetos que emitem moedas e nem pretendem continuar no mercado como o proposto pelo minerador chinês.

A origem destes forks involuntários se tem em momentos que os mineradores criam dois blocos ao mesmo tempo, por uma confusão na mempool — nuvem onde as informações aguardam para serem juntadas em um bloco pelos mineradores.

Todavia, nesses casos, em questão de segundos um dos dois blocos é escolhido e o outro deixado para trás, causando um “fork de um bloco só” como na imagem abaixo:

Ethereum fork bitcoin
(Imagem: forkdrop.io)

O Bitcoin (BTC) já passou por 105 forks 

Conforme o site de análise Forkdrop.io, o Bitcoin já passou por 105 “forkadas” no total. Desses, 74 são considerados projetos ativos relevantes para detentores de Bitcoin. Os 31 restantes são considerados históricos e não são mais relevantes.

Além disso, existem 22 projetos de fork de altcoin que têm alguma semelhança com projetos de fork de Bitcoin, mas têm sua herança de uma grande altcoin.

O site diz que não rastreia projetos que estão simplesmente usando o código-fonte do Bitcoin. “Nós nos concentramos em projetos que emitem moedas por meio de alguma herança do estado do livro [Blockchain] Bitcoin (BTC).”

Isso quer dizer, que aqui não terão os diversos “forks involuntários” que em nada influenciam no mercado ou na rede.

Existem 45 projetos que têm uma rede blockchain atualmente em operação, isso é, capaz de realizar transações. Os 29 restantes estão abandonados, e são blockchains mortos ou ainda em desenvolvimento.

O maior deles, em valor de mercado, e mais famoso é o Bitcoin Cash (BCH).

O fork do Bitcoin para o Bitcoin Cash ocorreu em 1º de agosto de 2017, com o propósito de atualizar o tamanho do bloco para 8MB.

Em 16 de novembro de 2018, BCH passou pela segunda vez por um hard fork e se dividiu em Bitcoin SV (Versão do Satoshi) e Bitcoin ABC. Bitcoin ABC tornou-se a cadeia dominante e assumiu o ticker BCH, já que detinha maior poder de hash — poder computacional — e a maioria dos nós validadores da rede.

Atualmente, o Bitcoin Cash ainda encanta uma grande gama de investidores, mas sua máxima histórica foi de US$ 4.355,62 em 20 dezembro de 2017 — junto com o movimento de alta que o mercado passava no momento, e alguns meses após sua criação.

Ethereum fork bitcoin
Gráfico de preço de “todo tempo” de BCH/USD (Imagem: CoinMarketCap)

Já o Bitcoin SV alcançou seu valor mais alto mais tarde no dia 16 de abril de 2021 a US$ 491,64.

Ethereum fork bitcoin
Gráfico de preço de “todo tempo” de BSV/USD (Imagem: CoinMarketCap)

Além deles, outro fork famoso da primeira criptomoeda é o Bitcoin Gold (BTG). Criado em 2017, o Bitcoin Gold busca mudar o algoritmo de consenso e alcançar uma maior escalabilidade que seu “irmão mais velho.”

Entretanto, a moeda teve fôlego somente em seus primeiros meses, atingindo sua máxima histórica de US$ 539,72 em outubro de 2017.

Ethereum fork bitcoin
Gráfico de preço “todo tempo” de BTG/USD (Imagem: CoinMarketCap)

Forks na rede Ethereum (ETH)

Os 8 forks da rede Ethereum representam grande parte dos forkados entre as altcoins, seguido dos 5 forks da Monero (XMR).

Ethereum fork bitcoin
(Imagem: forkdrop.io)

O mais famoso dele — que apresentou altas valorizações neste ano — é o Ethereum Classic (ETC) que ocorreu em 2016.

O fork aconteceu após o aplicativo construído na rede DAO ser hackeado, acarretando em um prejuízo de cerca de 5% de todos os ETH que circulavam até aquele momento. O ataque ficou conhecido como “DAO Hack”.

Vitalik Buterin, cofundador da Ethereum, propôs reverter a rede para o passado, efetivamente mudando o histórico dos blocos e desfazendo o hack.

Eventualmente, a proposta foi aprovada, todavia alguns investidores preferiam manter o estado hackeado da rede, por não concordar que um blockchain devesse ser “rebobinado”.

Essa “teimosia” justificada como uma tentativa de manter os fundamentos da Ethereum, resultou na criação do hard-fork Ethereum Classic.

Recentemente foi observado um movimento especulativo para essa rede, uma vez que investidores tentam prever para onde os mineradores migraram suas máquinas após o The Merge.

Ethereum fork bitcoin
Gráfico de “todo o tempo” de ETC/USD (Imagem: CoinMarketCap)

A máxima histórica ficou no dia 6 de maio de 2021, onde o ETC chegou a $ 176.16

Siga o Crypto Times no Instagram!

Fique por dentro de tudo o que acontece no universo cripto de forma simples e prática! Todo dia conteúdos recheados de imagens, vídeos e muita interação. Desde as principais notícias no Brasil e no mundo até as discussões do momento. Você terá acesso ao mundo das criptomoedas, finanças descentralizadas (DeFi), NFTs, Web 3.0 e muito mais. O universo cripto não tem idade, é para você! Conecte-se com o Crypto Times! Siga agora o nosso perfil no Instagram!

Disclaimer

O Money Times publica matérias informativas, de caráter jornalístico. Essa publicação não constitui uma recomendação de investimento.

Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
Twitter Linkedin
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
Twitter Linkedin
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.