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5 fundos imobiliários que sofrem com calotes de varejistas

18 fev 2023, 15:00 - atualizado em 17 fev 2023, 17:10
Americanas, AMER3
Esta semana, cinco fundos imobiliários reportaram ao mercado inadimplências de Americanas, Marisa e Tok&Stok (Imagem: Bloomberg)

Após a crise da Americanas (AMER3), que resultou em recuperação judicial da companhia, outras varejistas pegaram o mercado de surpresa esta semana com fundos imobiliários anunciando a falta de pagamento de aluguel por grandes marcas.

Os aluguéis de janeiro estão vencendo este mês e a Americanas, por enquanto, deve uma bolada a pelo menos três fundos imobiliários. Além da varejista, a Tok&Stok e a Lojas Marisa (AMAR3) estão inadimplentes com os contratos de locação de galpões logísticos e imóveis que abrigam lojas físicas.

Americanas deve alguns fundos imobiliários

O fundo VBI Logístico (LVBI11) comunicou aos cotistas que a Americanas ainda não pagou o valor integral do aluguel referente a janeiro e que venceu este mês.

Com isso, a varejista está inadimplente com a Aratulog Armazenagem, empresa que o LVBI11 detém 70% do capital. O ativo Aratu é um condomínio de galpões logísticos localizado na Bahia. A Americanas tem impactos de pelo menos de 7% nas receitas do VBI Logístico.

A Americanas também não pagou o aluguel de janeiro ao XP Log (XPLG11), no qual o débito da varejista chega a R$ 807,3 mil. O valor refere-se a um condomínio logístico em Seropédica, no Rio de Janeiro.

Segundo o fundo, a Americanas pagou R$ 509,9 mil correspondente a 12 dias de aluguel de janeiro. O valor devido à XP Log, conforme a lista de credores da Americanas, era perto de R$ 850 mil. O impacto da companhia nas receitas do fundo é de cerca de 6,5%.

O fundo imobiliário Max Retail (MAXR11) também comunicou atraso no pagamento de aluguel pela Americanas (AMER3). Segundo o fundo, a varejista não pagou o valor total do contrato de locação com vencimento este mês.

O MAXR11 é o fundo imobiliário mais exposto a Americanas, responsável por 61,66% da receita mensal do fundo. O valor integral do aluguel representa cerca de R$ 0,53 por cota. Com isso, a inadimplência está em torno de 47,57% do aluguel mensal da locatária.

Na lista de credores divulgada pela Americanas em 25 de janeiro, constava um valor de mais de R$ 514 mil atrelado ao fundo imobiliário MAXR11.

Outras varejistas inadimplentes

A Lojas Marisa agora está inadimplente com o fundo imobiliário Brasil Varejo (BVAR11), administrado pela Rio Bravo Investimentos. A varejista de moda está sem pagar o aluguel de janeiro, que venceu este mês, de imóveis locadas para suas lojas de rua.

Segundo o BVAR11, a varejista é a principal inquilina do fundo e responde por 81,47% da sua receita imobiliária. A falta de pagamento do aluguel gera um impacto negativo de R$ 5,95 por cota.

A Marisa tem contrato de locação de um galpão logístico com o fundo Kinea Renda Imobiliária (KNRI11), porém, até o momento, está adimplente.

A Tok&Stok, do varejo de móveis e decoração, é alvo de ação judicial para ser despejada do galpão logístico, em Extrema, no sul de Minas Gerais, que pertence ao fundo imobiliário Vinci Logística (VILG11). Segundo o fundo, a Estok – controladora da marca Tok&Stok -, não pagou o aluguel que venceu no início deste mês.

O VILG11 explica que o imóvel está locado exclusivamente para a varejista e o aluguel devido representa cerca de 14% das receitas totais do fundo e cerca de 11% da área bruta locável (ABL) total por ele detida.

Repórter
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
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