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A sua renda fixa é realmente fixa? Têm investimentos que são marcados na curva

28 fev 2023, 11:38 - atualizado em 28 fev 2023, 11:51
Renda fixa
Marcação a mercado assustou muitos investidores que ainda não compreendem o funcionamento da renda fixa. (Imagem: Shutterstock)

Neste início de 2023, os brasileiros se chocaram com o caso da gigante do varejo, a Americanas (AMER3). E sobrou até para os investimentos na renda fixa.

Isso porque, 80% dos fundos de renda fixa que estavam expostos à marca apresentaram rentabilidade negativa com atual rombo da varejista – o que indica um baita prejuízo para os investidores que estavam imersos no negócio.

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Falo isso porque, neste caso, esses fundos têm parte do patrimônio alocado em debêntures da empresa (ou seja, títulos de dívidas emitidos por sociedades anônimas de capital aberto ou fechado).

De modo geral, as debêntures são classificadas como renda fixa, especialmente porque, desde o início do investimento, o investidor sabe o prazo e a rentabilidade que deverá receber ao final da aplicação. Porém, é imprescindível ressaltar que elas também estão sujeitas a marcação a mercado.

Marcação a mercado

A marcação a mercado nada mais é do que a atualização diária de preços dos ativos financeiros, seja de ações, cotas de fundos de investimentos ou títulos de renda fixa. Ou seja, seus preços variam independente do valor pago no momento da compra.

Anteriormente, as instituições financeiras precisavam informar apenas a rentabilidade teórica contratada na compra, sem explicitar as oscilações diárias das aplicações.

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A partir de janeiro deste ano, a Associação Brasileira de Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) passou a exigir que as corretoras informem o preço real das debêntures, títulos públicos federais, Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e Certificados de Recebíveis Agronegócio (CRAs).

No entanto, é importante ressaltar que a precificação desses ativos varia conforme as condições de oferta e demanda atuais do mercado, de acordo com as expectativas em relação à taxa de juros, à liquidez do papel e, claro, aos eventos adversos, como é o rombo das Americanas.

Ouso dizer que, com as incertezas devido à crise da varejista, naturalmente os investidores passaram a exigir juros mais altos para emprestar dinheiro à empresa, o que impacta desfavoravelmente o valor dos títulos de dívida da loja.

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Com isso, muitos cotistas que possuíam patrimônio alocado em fundos atrelados a títulos das Americanas, viram seu patrimônio sendo afetado negativamente.

É justamente por este motivo que pode ser que o seu fundo de renda fixa não seja lá bem “fixo”. Mas, calma, que mesmo quando um título sofre marcação a mercado, não significa que você vai perder o rendimento que contratou no ato da compra.

Isso pode acontecer apenas se você vender o papel antes do vencimento. Por isso, é imprescindível ficar atento ao prospecto dos fundos que você investe, dando atenção especial caso haja interesse em resgatar o dinheiro antes do prazo.

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E, além disso, já existem opções no mercado em que a renda fixa é realmente fixa, como no caso da alluinvest, área financeira da startup de assinatura de iPhones allu, em que a taxa é prefixada e no ato do contrato você sabe exatamente quanto vai receber no final do prazo, sem sofrer com qualquer impacto de oscilações do mercado, mesmo se optar por resgatar seu dinheiro antes.

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