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AMC foca em captar recursos, não em recuperação judicial

14 out 2020, 15:42 - atualizado em 14 out 2020, 15:43
AMC
“Vamos aplicar todos os nossos esforços agora para levantar mais capital, principalmente por participação acionária, para alongar ainda mais nossa pista”, disse o CEO Adam Aron (Imagem: Site /AMC)

O diretor-presidente da AMC Entertainment diz que a rede de cinemas está fazendo todo o possível para levantar dinheiro novo e enfrentar a pandemia de Covid-19, e que não há planos de pedir recuperação judicial no momento.

“Vamos aplicar todos os nossos esforços agora para levantar mais capital, principalmente por participação acionária, para alongar ainda mais nossa pista”, disse o CEO Adam Aron em entrevista à Bloomberg News na terça-feira.

“Gostaríamos de ser bem-sucedidos neste esforço. Se não conseguirmos, obviamente teremos que considerar outras opções no futuro. Mas essa hora ainda não chegou e quaisquer informações em contrário são totalmente imprecisas.”

Reportagem anterior da Bloomberg News, que citou pessoas com conhecimento do assunto, informou que a empresa avaliava uma série de opções, que incluem um possível pedido de recuperação judicial para aliviar o endividamento, já que a pandemia afasta os cinéfilos e atrasa lançamentos de filmes.

Os credores da maior rede de cinemas do mundo também conversaram sobre um possível financiamento se a AMC decidir entrar com o processo de proteção judicial sob a lei de falências dos EUA, disseram as pessoas, que não quiseram ser identificadas.

Captação de recursos

Na terça-feira, a AMC disse em documento regulatório que suas reservas de caixa podem acabar no fim deste ano ou no início de 2021 se o fluxo nas salas de cinema não aumentar e que avalia medidas para aumentar a liquidez, que incluem vendas de ativos, renegociação de arrendamentos, joint ventures ou outros acordos com parceiros de negócios existentes, dívida ou financiamento de capital. Há um risco significativo de que os esforços sejam insuficientes ou fracassem, alertou a AMC.

Redes de cinema enfrentam um dilema sem solução no curto prazo: como as restrições de capacidade e o nervosismo do público mantêm as salas nos EUA praticamente vazias, os estúdios têm adiado a maior parte dos lançamentos de filmes para 2021 e depois disso, o que desincentiva ainda mais ir ao cinema.

O fluxo de pessoas nas redes da AMC desde a reabertura nos EUA caiu cerca de 85% em relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com o documento da empresa

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