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Americanas (AMER3) e o rombo de R$ 20 bi: ‘Vamos continuar pagando os nossos fornecedores’, diz Rial

11 jan 2023, 23:19 - atualizado em 12 jan 2023, 10:54
Sergio Rial
No comunicado, Rial afirmou ainda que “não faltarão aqueles que queiram maldizer, gerando dúvidas sobre o nosso futuro” (Imagem: Wikipédia)

Sergio Rial, CEO da Americanas (AMER3) que renunciou ao cargo na noite desta quarta-feira após um rombo de R$ 20 bilhões em inconsistências contábeis, afirmou em carta enviada a funcionários, e que circula pela imprensa, que irá honrar os fornecedores.

“A posição de caixa é sólida mais de R$ 8 bilhões e seguiremos pagando nossos fornecedores no prazo estipulado e todas as nossas obrigações”, disse.

No comunicado, Rial afirmou ainda que “não faltarão aqueles que queiram maldizer, gerando dúvidas sobre o nosso futuro”.

  • Felipe Miranda, CIO e estrategista-chefe da Empiricus Research, fala sobre o rombo da Americanas e como impacta o mercado. [CONFIRA A ANÁLISE AQUI]

“É verdade que o impacto possa ser importante, mas acreditamos que juntos, trabalho no resultado do dia a dia, focando na construção de um grande trimestre em 23, garantiremos os próximos trimestres”, completa.

Apesar disso, em outro trecho da carta, o ex-CEO afirma que poderá haver ajuste importante na estrutura patrimonial da empresa.

“Esse ajuste se deve a uma série de lançamentos contábeis inconsistentes. Esse ajuste se deve a uma série de lançamentos contábeis inconsistentes que precisam ser agora corrigidos e por isso do fato relevante”, coloca.

Com saída de Rial, João Guerra, que está na empresa há oito anos e com experiência nas áreas de tecnologia e recursos humanos, e não envolvido anteriormente na gestão contábil ou financeira, assume.

Real era uma das esperanças da Americanas

O anúncio de Rial na Americanas em agosto desencadeou uma onda compradora das ações da companhia no pregão seguinte ao comunicado.

Na ocasião, a Americanas disparou mais de 22% na Bolsa – e mais 15% um dia depois.

Agentes do mercado chegaram a avaliar a reação dos investidores como “plausível”.

Ativa Investimentos pondera que com uma expectativa de que a nova gestão pudesse reestruturar as operações da empresa, essa notícia possui impacto muito negativo para as ações e para a empresa como um todo.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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