Comprar ou vender?

Americanas (AMER3): O destino das vendas da varejista, segundo a Squadra

22 ago 2023, 7:30 - atualizado em 21 ago 2023, 20:23
Fachada da Lojas Americanas na Liberdade, São Paulo (Kaype Abreu/Money Times)
Para a gestora, as empresas do segmento não quiseram o faturamento “artificial” da Americanas. (Kaype Abreu/Money Times)

A Squadra Investimentos disse que o Mercado Livre (MELI34) é um contraexemplo positivo entre as companhias que foram contaminadas pela “euforia do ambiente macro” dos juros baixos.

Para a gestora, “muita gente” embarcou no sonho das plataformas “únicas”, com prejuízos no presente justificados pela busca de vantagens competitivas no longo prazo. No entanto, a maré macro virou, os clientes não foram fidelizados e se acostumaram a preços irreais, afirmou a Squadra.

O Mercado Livre, no entanto, acelerou o seu negócio principal de marketplace e de suas nascentes vendas com estoque próprio para algumas categorias, pontuou a Squadra. A empresa, disse a gestora que administra R$ 16 bilhões e tem posição na varejista, teve ganhos de margens e melhores retornos sobre capital empregado.

“O volume de mercados vendido pelo Mercado Livre em seu e-commerce tem crescido consistentemente ao longo dos anos, acompanhado de um aumento ainda mais expressivo do resultado operacional”, pontuou a Squadra.

A gestora vê novas oportunidades ganhando relevância na empresa, como maiores receitas capturadas em anúncios e publicidade.

Mercado Livre e Americanas

A Squadra também destacou ver o Mercado Livre beneficiado pela crise na Americanas (AMER3) e disse que “nem todo volume de vendas” da varejista “evaporou”.

As receitas de e-commerce da varejista em recuperação judicial caíram 80%, disse a gestora, citando o relatório circunstanciado em conjunto com relatório mensal das atividades da empresa em fevereiro de 2023.

“Por incrível que parece, dos destinos possíveis das vendas online da Americanas, boa parte do volume, sim, aparenta ter sumido”, afirmou a Squadra. “Apenas um pedaço dessa venda foi abocanhado pelos concorrentes”.

Para a gestora, as empresas do segmento não quiseram o faturamento “artificial” da Americanas. “Além das situações delicadas de endividamento, quase todos já têm a sua cota de receitas em certo grau infladas pela aquisição a qualquer custo de participação no mercado online”.

O Money Times procurou a Americanas, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para manifestação.

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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