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Apenas pelos seus fundamentos, e Brasil no foco, soja indica semana altista

08 mar 2021, 10:25 - atualizado em 08 mar 2021, 10:27
Soja e Milho
Commodities estão com pano de fundo de alta para a semana baseadas nos fundamentos (Imagem: REUTERS/Inae Riveras)

Os sintomas de que a soja e deva ter uma semana positiva estão dados, salvo alguma oscilação baixista que possa vir pelos lados da conjuntura econômica global que desvie recursos para ativos mais seguros.

A semana começa com o apoio dos fortes fundamentos, às vésperas de um novo relatório do USDA e com o Brasil no foco principal, e o contrato maio na Bolsa de Chicago (CBOT) renovou, nas operações da madrugada, a máxima de fevereiro. Nesta passagem das 10h25 (Brasília) está em mais de 15 pontos (em torno de mais 1%), a US$ 14,45.

As chuvas abundantes e regulares nas principais regiões produtoras do Centro-Oeste e Norte acendem temores quanto à produtividade e qualidade da safra, que caminha para o final da colheita.

A produção também divide o mercado. A AgRural revisou para cima, no final de fevereiro, o volume recorde de 133 milhões de toneladas. Outros preveem volume menor, de 128 a 130 milhões/t, ainda assim acima da safra anterior.

“Não dá para saber se esse número será revisado ou não. Vai depender de quanto o Mato Grosso realmente perdeu e quanto as produtividades de estados mais tardios, como o Rio Grande do Sul, vai conseguir compensar os problemas no Cerrado”, avaliou Adriano Gomes, analista a AgRural, ao Money Times nesta manhã.

A seca na Argentina também promove viés de alta. O déficit hídrico já garante perda de produtividade e volume menores.

Outro suporte para altas igualmente vem do atraso da colheita no Brasil e nos embarques, cortando um pouco do disponível no curto prazo enquanto os estoques da soja americana estão mais rasos que no mesmo período do ano passado.

O milho se sustenta em alta pelo atraso da oleaginosa, pressionado pelo plantio fora da janela, e apoio do câmbio.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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