Brasil

Auxílio do governo para companhias aéreas está próximo, diz ministro de Portos e Aeroportos

08 nov 2024, 18:44 - atualizado em 08 nov 2024, 18:44
Silvio Costa Filho
A Azul confirmou que está conversando com o governo sobre a linha de crédito. A Gol não comentou imediatamente o assunto. (Imagem: Michel Jesus/Câmara dos Deputados)

O pacote de ajuda do governo federal às companhias aéreas deve ficar pronto em breve, com as primeiras contratações já no início de 2025, ajudando o setor a superar um período turbulento, disse à Reuters o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.

“Nossa expectativa é que essas operações sejam realizadas no máximo nos primeiros três ou quatro meses, nesse período a gente pode ter essas operações validadas”, disse o ministro, acrescentando que os ajustes finais do programa devem ser apreciados na Câmara dos Deputados possivelmente na próxima semana.

A Gol, que negocia sua saída do chamado Chapter 11 — processo similar à recuperação judicial nos Estados Unidos –, e a Azul, que recentemente renegociou dívidas para levantar capital, já estão conversando com o governo sobre a linha de crédito, disse Costa Filho.

Atualmente fixado em 4 bilhões de reais, o pacote prevê a utilização de recursos do Fundo Nacional da Aviação Civil (Fnac) para empréstimos que serão feitos através do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A Azul confirmou que está conversando com o governo sobre a linha de crédito. A Gol não comentou imediatamente o assunto.

Nesta semana, a Gol chegou a um acordo de reestruturação, que provavelmente vai tirar a empresa do Chapter 11 no próximo ano. A Azul recentemente fechou um acordo com credores para levantar até 500 milhões de dólares, tornando-se a única grande companhia aérea brasileira a evitar o Chapter 11 após a pandemia de Covid-19.

Costa Filho disse que o apoio do governo ao setor aéreo deveria ter sido dado muito antes. “Ao contrário de outros países, o Brasil não ajudou imediatamente as companhias aéreas”, disse.

Com relação aos rumores de uma possível fusão entre Gol e Azul, o ministro disse que não espera a formalização de uma união, pelo menos no curto prazo.

“Hoje não sinto que haja nada de concreto com relação à fusão dessas duas empresas”, afirmou.

Questionada pela Reuters, a Azul informou que as discussões sobre uma possível combinação de negócios estão em andamento. A Gol não se pronunciou imediatamente.

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reuters@moneytimes.com.br
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