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Axie Infinity (AXS): Hackers norte-coreanos conduziram o ataque de US$ 625 milhões, diz FBI

15 abr 2022, 12:19 - atualizado em 15 abr 2022, 12:19
Axie Infinity AXS
Axie Infinity é um game play-to-earn (Imagem: Axie Infinity/Reprodução)

Hackers ligados à Coreia do Norte foram responsáveis pelo ataque de US$ 625 milhões à Ronin Network (RON), sidechain do game Axie Infinity (AXS), segundo autoridades dos Estados Unidos.

Axie Infinity é um jogo on-line que usa tokens não fungíveis (NFTs) e permite que usuários ganhem as criptomoedas AXS e SLP, ligadas ao blockchain da rede Ethereum.

AXS corresponde à sigla em inglês de “Axie Infinity Shards” e é o token de governança do jogo, o que indica que, quanto mais AXS um usuário tiver, maior seu poder de influência nas decisões sobre o futuro do jogo.

Já SLP, do termo “Smooth Love Potion”, é considerado o token “play-to-earn” (P2E), ou seja, usuários recebem esse token ao jogar Axie Infinity e podem resgatá-los para liberar novos elementos.

Segundo o Business Insider, a empresa dona de Axie Infinity, Sky Mavis, descobriu e divulgou o hack no dia 29 de março, embora ele tivesse ocorrido no dia 23 do mesmo mês.

O ataque à Ronin Network é considerado um dos maiores da história do mundo das criptomoedas.

Nos bastidores do hack a Axie Infinity

“Por meio de nossa investigação, pudemos confirmar que Lazarus Group e APT38, agentes cibernéticos associados a DPRK, são responsáveis pelo roubo de US$ 620 milhões em ethereum, informado no dia 29 de março”, disse o Departamento de Investigações Federais (FBI), em um comunicado divulgado ontem (14).

O Departamento do Tesouro americano também adicionou o endereço da carteira de criptomoeda ligada ao hack a Axie Infinity à sua lista de sanções ao Lazarus Group.

Segundo o Business Insider, Lazarus Group é um grupo de hackers que ficou conhecido pelos ataques de ransomware WannaCry, em 2017, e à Sony Pictures, em 2014.

O programa de hacks da Coreia do Norte é uma fonte importante de receita para o governo do país financiar suas atividades nucleares e de mísseis balísticos, apontou um relatório da Organização das Nações Unidas.

Ao realizar ataques cibernéticos envolvendo criptomoedas, o governo norte-coreano consegue driblar as sanções internacionais.

Um relatório da analista de blockchain Chainalysis revelou que o país roubou quase US$ 400 milhões em criptomoedas em 2021, considerado um “ano de sucesso” para os cibercriminosos norte-coreanos.

Acredita-se que a Coreia do Norte tem 6 mil hackers em operação, espalhados por diversos países, incluindo Belarus, Índia, Malásia, China e Rússia, apontou um documento de 2020 do exército dos Estados Unidos.

Repórter
Graduada em Letras (Português/Inglês) pela Universidade de São Paulo (USP). Iniciou sua carreira como estagiária de revisão na Editora Ática, local em que atuou depois como revisora freelancer. Já trabalhou para o The Walt Disney World, nos Estados Unidos, em um programa de intercâmbio de estágio, experiência que reforçou sua paixão pela língua inglesa e pela tradução. Estagiou na Edusp, e integra, há um ano, a equipe do Money Times como repórter-tradutora de notícias ligadas a criptomoedas.
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Graduada em Letras (Português/Inglês) pela Universidade de São Paulo (USP). Iniciou sua carreira como estagiária de revisão na Editora Ática, local em que atuou depois como revisora freelancer. Já trabalhou para o The Walt Disney World, nos Estados Unidos, em um programa de intercâmbio de estágio, experiência que reforçou sua paixão pela língua inglesa e pela tradução. Estagiou na Edusp, e integra, há um ano, a equipe do Money Times como repórter-tradutora de notícias ligadas a criptomoedas.
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