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Azul (AZUL4): 3 pontos preocupam os analistas do mercado; entenda

15 maio 2023, 15:54 - atualizado em 15 maio 2023, 15:54
Azul
Ações da Azul chegaram a cair até 10% após a divulgação do balanço do 1T23 (Imagem: Facebook/ Azul)

As despesas operacionais da Azul (AZUL4) preocupam os analistas do mercado. A companhia teve demanda crescente no primeiro trimestre do ano, além de êxito no repasse de preços e receitas fortes, mas sofreu com altos custos, pontuam.

O analista do Simpla Club, Gabriel Bassotto, diz que o mercado está preocupado com a liquidez da companhia. “As despesas da Azul são tão altas que pressionam e corrompem qualquer lucro que a empresa venha a ter”, avalia.

Ele destaca que a alavancagem da empresa também preocupa. A projeção é que a Azul controle a alavancagem somente no fim de 2024. Bassotto acredita que, até lá, a taxa Selic ainda será de dois dígitos, o que continuará pressionando os resultados da Azul. “Não da para ter otimismo com a empresa”, diz.

Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos, também ressalta que as despesas elevadas no primeiro trimestre impediram a margem bruta de alcançar as estimativas do mercado.

De acordo com ele, os combustíveis ainda são o principal vilão da Azul. No período, os custos com combustível de aviação evoluíram 40,7%, enquanto o aumento do custo por assento-quilômetro oferecido (CASK) foi de 8%.

Os analistas afirmam que fatores exógenos à atuação da empresa e a atual cena doméstica também devem continuar pressionando as ações nos próximos meses. Após o balanço do 1T23, AZUL4 chegou a cair até 10%.

O que foi positivo para Azul no 1T23?

A Ativa destaca a retração da alavancagem financeira da Azul no primeiro trimestre do ano como um dos pontos positivos do balanço. A alavancagem da companhia caiu de 5,7 vezes para 5,2 vezes.

Além disso, posição de liquidez imediata da Azul foi de R$ 1,8 bilhões para R$ 2,5 bilhões ao final do trimestre. O endividamento bruto diminuiu 0,9% na comparação trimestral.

A companhia também repassou preços com êxito, afirmam os analistas. Azul reportou novamente receitas recordes, tanto geral quanto as por assento-quilômetro oferecido (RASK) e de passageiros por assento-quilômetro (PRASK).

Sua tarifa média evoluiu 31,6% no ano e o breakeven de ocupação decaiu 7,2 pontos percentuais, “evidenciando o êxito na monetização de sua operação”, dizem. Os analistas ainda destacam a evolução de 24,2% no yield médio.

Junto aos resultados, Azul também anunciou mais detalhes sobre seu acordo com lessores. De acordo com a Ativa, o acordo melhora as expectativas de geração de caixa para 2023 e 2024, uma vez que representa uma economia de R$ 4,1 bilhões em pagamentos devidos.

Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
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