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Banco Central da Argentina proíbe instituições financeiras de oferecer criptomoedas

06 maio 2022, 8:22 - atualizado em 06 maio 2022, 8:22
Argentina
A decisão da Argentina foi tomada dois dias depois de dois bancos do país oferecem criptomoedas a clientes (Imagem: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins)

O Banco Central da Argentina (BCRA) anunciou ontem (5) que instituições financeiras não podem permitir que clientes façam operações usando ativos digitais.

A decisão do Banco Central foi anunciada dois dias após dois bancos do país terem afirmado que haviam passado a oferecer negociações em criptomoedas para clientes.

No dia 2 de maio, o maior banco privado do país, Galícia, e o banco digital Brubank anunciaram que iriam oferecer negociações de criptomoedas para seus clientes por meio de portais de investimentos em seus sites.

Mas, agora, o Banco Central disse que as instituições financeiras no país não podem permitir esse tipo de serviço, pois criptoativos não são regulamentados.

O Banco Central da Argentina define ativos digitais como “uma representação digital de valor ou direitos que são transferidos e armazenados eletronicamente, usando a Tecnologia de Livro-Razão Distribuído ou tecnologia semelhante”.

“A medida ordenada pelo Comitê de Diretores do BCRA busca reduzir os riscos associados às operações com esses ativos, que poderiam ser geradas para usuários de serviços financeiros, e para o sistema financeiro como um todo”, aponta a declaração do Banco Central.

Alguns argentinos aderiram à ideia de usar cripto como um modo mais fácil de guardar dinheiro enquanto lidam com a alta taxa de inflação do país, bem como os controles cambiais restabelecidos pelo atual presidente da Argentina, Alberto Fernandéz, em 2019.

Argentina desencoraja uso de criptomoedas

Em março deste ano, o governo da Argentina anunciou que iria desencorajar o uso de criptomoedas, como parte de seu acordo de renegociação da dívida de quase US$ 45 bilhões com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Em um memorando publicado no dia 3 de março, o governo argentino disse que tomaria decisões para “desencorajar o uso de criptomoedas, com uma perspectiva para prevenir lavagem de dinheiro, informalidade e desintermediação”, além de outras medidas para fortalecer a resiliência financeira do país.

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