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Banco Inter: Goldman Sachs vê desafios com o coronavírus e indica venda

09 abr 2020, 11:05 - atualizado em 09 abr 2020, 11:05
Banco Inter
Goldman Sachs: o crescimento do empréstimo, em particular, pode ter um impacto significativo nos lucros (Imagem: Gustavo Kahil/Money Times)

As ações do Banco Inter (BIDI4) devem sofrer com os efeitos da crise do coronavírus, avalia o Goldman Sachs em um relatório enviado a clientes nesta quinta-feira (9) e obtido pelo Money Times.

Apesar de o banco continuar a apresentar um crescimento saudável de clientes, com avanço de 155% no primeiro trimestre na comparação com o ano anterior (5 milhões), as perspectivas de crescimento e a capacidade de monetizá-los serão mais desafiadoras, devido ao coronavírus.

“De fato, realizamos uma análise de sensibilidade para fins ilustrativos, que mostra um risco significativo de queda nos ganhos em um ambiente de crescimento mais lento”, explicam os analista Tito Labarta, Gustavo Schroden e Jonathan Uriel Schajnovetz.

Segundo eles, a menor procura por empréstimos, em particular, pode ter um impacto significativo nos lucros.

2020 Projeção atual -5% -10% -15%
Empréstimos (R$ mi) 6,918 6,672 6,426 6,18
Crescimento (%) 41% 36% 31% 26%
Receita líquida com juros 969 949 929 909
Mudança (%) -2% -4% -6%
Lucro líquido 156 142 128 114
Mudança (%) -9% -18% -27%

A previsão atual de crescimento de empréstimos, de 41% para 2020, provavelmente será difícil de ser alcançada com um PIB que deverá cair 3,4% este ano, diz o Goldman.

A estimativa é de que cada queda de 5% no crescimento de empréstimos impactaria negativamente os lucros em 9%.

“Também é provável que a receita de taxas seja prejudicada este ano e a cada queda de 5% no crescimento da receita de taxas impactaria negativamente os ganhos em 3%. Embora a receita líquida com juros (NIM) possa aguentar o aumento dos spreads, o custo do risco também pode aumentar à medida que a qualidade dos ativos se deteriora”, concluem.

A recomendação é de venda, com preço-alvo de R$ 9,70. O potencial de valorização é de aproximadamente 4%.

Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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