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BB Seguridade: agora a vilã é a inflação; veja o que fazer com a ação

08 nov 2021, 15:43 - atualizado em 08 nov 2021, 15:51
BB Seguridade
No acumulado do ano, o IGP-M, também chamado de inflação dos aluguéis, acumula alta de 16,74% (Imagem: Renan Dantas/Money Times)

A BB Seguridade (BBSE3) mostrou mais um resultado misto, com algumas linhas agradando e outras nem tanto. 

Se, no segundo trimestre, a principal vilã da empresa foi a alta da sinistralidade provocada pela Covid, a disparada do IGP-M (Índice Geral de Preços Médios) pressionou as despesas do segmento de previdência da companhia, a BrasilPrev nos últimos três meses.

No acumulado do ano, o IGP-M, também chamado de inflação dos aluguéis, acumula alta de 16,74%.

Entre julho a setembro, a empresa lucrou R$ 976 milhões, queda de 11% ante o mesmo período do ano passado e 6,5% acima do consenso. Sem o impacto da alta da inflação, o lucro teria sido de R$ 1,075 bilhão.

Por outro lado, os sinistros vieram mais baixos do que o esperado para a BrasilSeg, principalmente no rural, e da BrasilCap devido ao maior resultado financeiro, além do hedge na carteira de investimentos pré-fixados.

Já a Genial lembra que a BrasilSeg continuou a sentir os impactos da maior sinistralidade em produtos de vida, em decorrência de parte dos sinistros da segunda onda da pandemia terem sido reportados somente no terceiro trimestre.

A sinistralidade no trimestre caiu 9,8 pontos percentuais, o que, segundo o Safra, sugere um cenário melhor no próximo trimestre, com os casos da Covid em tendência de queda.

A Ativa destaca que a BB Corretora segue com números fortes, com lucro 6% maior do que no mesmo período do ano passado, sustentado pelo crescimento da receita com corretagem em 3%.

BB Seguros Seguridade stock car BBSE3
Para a Genial, mesmo com resultado abaixo das expectativas, o ambiente será positivo para a BB Seguridade daqui em diante (Imagem: Instagram/ BB Seguros)

Vale ter BB Seguridade na carteira ?

Mesmo com a queda anual do lucro, os analistas seguem otimistas com o papel da BB Seguridade, ressaltando que a empresa seguirá mostrando sinais de recuperação. 

“Vemos que os resultados da BBSE foram ligeiramente negativos, apesar da expectativa de números mistos, com bom resultado na divisão de corretagem, compensados ​​por desempenho mais fraco na divisão de plano de pensão”, argumenta o Safra.

Mesmo assim, os analistas Luis F. Azevedo, Silvio Dória e Gabriel Pucci, que assinam o relatório, dizem que a queda do IGP-M, aliada ao aumento do IPCA, deve trazer um saldo positivo ao resultado financeiro da Brasilprev.

Além disso, o trio calcula que a ação está em preço bastante atraente, negociado a 9,7 vezes o preço sobre o lucro (P/L). A média histórica dos últimos cinco anos foi de 13,4 vezes. 

Já a Ativa enxerga boas perspectivas para o negócio de previdência e seguros, “que apesar de pressionados no curto prazo, devem continuar crescendo em prêmios no longo prazo”.

Boas perspectivas

Para a Genial, mesmo com resultado abaixo das expectativas, o ambiente será positivo para BB Seguridade daqui para frente.

“O aumento da Selic deve contribuir para o resultado financeiro da companhia, assim como a expectativa de arrefecimento da sinistralidade com o acelerado ritmo de vacinação, e a tendência de fechamento do descasamento entre IGP-M e IPCA”, afirma.

E, por fim, o Credit Suisse acrescenta que os resultados sequenciais seguem melhorando. Os analistas Marcelo Telles, Daniel Vaz e Bruna Amorim preveem resultados financeiros mais elevados, com taxas de juros mais altas e menor impacto dos efeitos de incompatibilidade entre IPCA e IGP-M.

Veja as recomendações

Corretora Recomendação Preço-alvo Potencial de alta
Genial Compra R$ 30 32%
Safra Compra R$ 38 66%
Credit Suisse Compra R$ 27,50 21,50%
Ativa Compra R$ 28 25%

 

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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