Economia

Brasil sobe no ranking dos principais destinos de investimento financeiro; veja a pesquisa

23 abr 2024, 19:23 - atualizado em 23 abr 2024, 19:23
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Brasil sobe no ranking dos principais destinos de investimento financeiro (Imagem: Unsplash/Firmbee.com)

O Brasil subiu no ranking de principais destinos de investimentos estrangeiros, ficando na 19ª posição. No ano passado, o Brasil ficou de fora do Índice de Confiança para Investimento Estrangeiro Direto, da consultoria Kearney.

De acordo com  os dados, os países mais atraentes para investir são: Estados Unidos, Canadá, China, Reino Unido, Alemanha, França, Japão, Emirados Árabes Unidos, Espanha e Austrália.

Além disso, o Brasil subiu duas posições entre os países emergentes, ocupando a 5ª posição. Atualmente, o país fica atrás de China, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Índia. Com isso, as oito primeiras posições são os únicos mercados emergentes incluídos no ranking mundial, liderado pelos Estados Unidos há 12 anos consecutivos.

A consultoria afirma que os resultados deste ano mostraram que os investidores se mantêm otimistas, sentindo um potencial de crescimento nos próximos três anos. De acordo com a Kearney, 88% deles confirmaram planos de ampliar investimentos no período, sendo 6% a mais do que o último ano.

Além disso, 89% dos investidores (86% em 2023) consideram o investimento direto estrangeiro (IDE) mais importante para a rentabilidade e competitividade das suas empresas nos próximos três anos.

“Embora o nível de optimismo tenha crescido apenas marginalmente para 64 por cento, o pessimismo líquido diminuiu notavelmente de 35 para 29 por cento em comparação com o ano passado”, afirma a pesquisa da consultoria.

Conflitos geopolíticos trazem receios

Apesar disso, investidores antecipam a continuidade das tensões geopolíticas deste ano. Dessa forma, 85% acreditam que uma escalação dos conflitos afetariam decisões de investimentos.

Devido a isso, as empresas estão tomando decisões nearshore (ter a cadeia de fornecedores mais próxima do comprador) e/ou friendshore (novas rotas da cadeia de suprimento para países percebidos como baixo risco) como uma reação as pressões políticas geopolíticas persistentes.

Investidores também preveem que um ambiente empresarial mais restritivo, tanto nos mercados desenvolvidos como nos mercados emergentes, poderá representar riscos no próximo ano.

“A proliferação de políticas industriais e restrições de mercado, incluindo aqueles relacionados com tecnologias emergentes, sugerem mais complexidade regulamentar que investidores precisarão monitorar e cumprir em todo mercado”, destaca a Kearney.

Inteligência Artificial nos investimentos

De acordo com a consultoria, 72% dos investidores afirmam que estão a fazer uso significativo ou moderado da inteligência artificial ​​nas suas operações comerciais. Além disso, 63% destacam que a sua organização fará aumentos na utilização de IA para orientar as suas decisões de investimento.

Os investidores citam a economia de custos ou eficiência e a precisão na tomada de decisões como os principais benefícios que obtêm ao usar a IA na tomada de decisões.

Além disso, a pesquisa ressalta uma antecipação ainda maior no uso de inteligência artificial. Segundo a Kearney, o potencial disruptivo da IA ​​transformará a economia global e exigirá mudanças rápidas por parte das empresas, e as companhias pesquisadas estão se preparando para se adaptarem em conformidade.

Com isso, 64% dos investidores afirmam que preveem que a sua organização expandirá a utilização da inteligência artificial ​​na tomada de decisões de investimento ao longo dos próximos três anos, com 41% antecipando um aumento “significativo” ou “moderado”.

Em contraste, apenas 8% antecipam uma diminuição na utilização de IA para decisões de investimento durante este período.

No entanto, a captura de uma vantagem competitiva na inteligência artificial será determinada não só pelo investimento, mas também pelo ambiente regulamentar em que esses investimentos são feitos.

Segundo a pesquisa, “a maioria dos investidores [82%] concorda que as políticas e regulamentos de IA influenciarão o grau do seu investimento na tecnologia, sublinhando a importância de a regulamentação acompanhar o ‘boom’ da inteligência artificial”.

Estagiária de Redação
Estudante da área de comunicação, cursando Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. Ingressou no Money Times em 2024 como estagiária.
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