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Caixa Seguridade: Dividendos e ações baratas sustentam a compra dos papéis

11 nov 2021, 16:20 - atualizado em 11 nov 2021, 16:20
A Caixa Seguridade divulgou resultados mistos, mas ação está barata e vale a compra, apontam (Divulgação/Facebook da Caixa Seguradora)

A Caixa Seguridade (CXSE3) divulgou resultados considerados sólidos no terceiro trimestre, mesmo que algumas linhas tenham ficado aquém do esperado.

Os analistas consultados pelo Money Times são unânimes em afirmar que a ação está barata, é uma boa opção para se defender das crises e possui bons rendimentos de dividendos.

O Bank of America (BofA) tem recomendação de compra para as ações, com preço-alvo de R$ 16. O BB Investimentos atualizou o preço-alvo para R$ 17,50 até final de 2022, o que representa um potencial de valorização de 92,7%.

Os destaques do trimestre

Entre os meses de julho e setembro, o braço de seguros da Caixa lucrou R$ 492 milhões, queda de 3,1%. O número ficou 11% abaixo da estimativa do BofA.

Porém, outras linhas surpreenderam o banco:

  • Melhoria na taxa de sinistralidade de seus três principais produtos devido ao aumento das taxas de vacinação;
  • Aumento de 65% nas receitas de corretagem;
  • resultado financeiro beneficiado por maiores participações econômicas em subsidiárias operacionais.

O BofA lembra, no entanto, que os prêmios subscritos contratados decepcionaram, prejudicado por uma base de comparação mais difícil.

Para o BB, o crescimento das receitas líquidas de corretagem foi um dos principais fatores para o crescimento do lucro líquido da Caixa Seguridade.

“O fato já era esperado, pois foi a partir deste trimestre que a sua corretora própria passou a auferir 100% dos prêmios emitidos no ecossistema Caixa”, aponta.

Já a curva de crescimento nos prêmios ganhos encontra-se em linha com as estimativas do início do ano.

No entanto, o banco incorporou um cenário de menor crescimento para a empresa diante da piora das expectativas macroeconômicas e a elevação das despesas administrativas.

Marcas da Covid

Na avaliação do Itaú BBA, a pandemia de covid-19 continua prejudicando os sinistros, que totalizaram 34%, 2,9 pontos percentuais pior que a projeção inicial, puxado pelos fortes aumentos no nível de produtos hipotecários, vida e prestamista.

“Esperamos que isso se normalize nos próximos trimestres, dado o recente resultado menos negativo da saúde no país”, disseram os analistas do banco.

“É importante notar que os créditos no produto hipotecário, já ajustados pelos efeitos da pandemia, têm aumentado sequencialmente desde o primeiro trimestre de 2020”. 

O pior pode já ter passado

Na visão do Bank of America, a sinistralidade sugere que o pior ficou para trás.

Além disso, o desempenho dessa linha do balanço deixa espaço para melhores resultados de subscrição no quarto trimestre, já que as perdas ainda estão acima dos níveis do primeiro trimestre, diz o banco.

O BB também acredita que o atual nível de sinistralidade é transitório e que deve seguir no caminho de normalização nos próximos trimestres.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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