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Caos no Twitter deixa agência britânica sem ter com quem falar

25 nov 2022, 13:45 - atualizado em 25 nov 2022, 13:45
Twitter
“Nós nos reunimos com várias plataformas nos EUA, mas o Twitter não estava entre elas para esta viagem”, disse um porta-voz da Ofcom (Imagem: Shutterstock/Khak)

O Reino Unido se prepara para implementar amplas regras de segurança online, e os diretores da agência reguladora de telecomunicações Ofcom passaram a semana passada nos EUA em reuniões com executivos das maiores plataformas de internet do mundo, como Meta, Alphabet e TikTok.

Houve uma ausência notável: o Twitter de Elon Musk.

Uma reunião agendada com a plataforma de rede social não aconteceu porque todos os representantes que estavam em contato com a agência britânica deixaram o Twitter, segundo duas pessoas a par do assunto, que pediram para não serem identificadas.

Musk desencadeou uma reviravolta dramática que cortou o número de funcionários da empresa pela metade e levou outros a se demitirem, incluindo o chefe de confiança e segurança Yoel Roth.

“Nós nos reunimos com várias plataformas nos EUA, mas o Twitter não estava entre elas para esta viagem”, disse um porta-voz da Ofcom.

Os dois lados não conseguiram fazer as agendas baterem, disse.

Apesar das saídas repentinas, o contato entre Ofcom e Twitter não cessou totalmente, disse uma das pessoas.

O Twitter não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

É o mais recente sinal de como a aquisição do Twitter por Musk interrompeu atividades importantes da empresa em um momento em que atraindo o escrutínio regulatório.

Durante a viagem aos EUA, a CEO da Ofcom Melanie Dawes e o diretor de conteúdo online Kevin Bakhurst se reuniram com uma ampla gama de empresas que podem estar sujeitas à Lei de Segurança Online do Reino Unido, que deve entrar em vigor no próximo ano.

Elas também incluem Reddit, Snap, Roblox, Vimeo, Pinterest, Patreon, Eventbrite e Tripadvisor, disse a agência reguladora em um post no LinkedIn.

O projeto de lei não foi finalizado ainda, mas exigirá que as empresas que hospedam conteúdo gerado por usuários mostrem como protegem os outros usuários, sob pena de multas pesadas.

Bakhurst já havia expressado preocupação com os cortes de empregos no Twitter.

“A empresa parece estar perdendo algumas das pessoas mais importantes e talentosas, inclusive na moderação de conteúdo e nas políticas públicas”, tuitou ele no início deste mês.

“A regulamentação de segurança online está chegando no Reino Unido e na UE. Não entendo a estratégia.”

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