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CBDCs seriam “o tipo de dinheiro mais seguro disponível”, afirma diretor do BC britânico

17 jun 2021, 15:38 - atualizado em 17 jun 2021, 15:45
Assim como grande parte dos bancos centrais, o BoE quer tirar proveito da tecnologia blockchain, e não do bitcoin (Imagem: Reuters/Hannah McKay/File Photo)

Tom Mutton, diretor de fintechs no Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), falou sobre as perspectivas de moedas digitais de banco central (CBDCs) na conferência “Futuro das Fintechs”, da FStech, nesta quinta-feira (17).

Mais especificamente, Mutton abordou respostas ao artigo de discussão sobre CBDCs do BoE, bem como as perspectivas para a tecnologia.

Por um lado, Mutton destacou que qualquer CBDC britânica exigiria bem mais trabalho antes de seu lançamento. Por outro lado, ele estava mais otimista sobre CBDCs — bem como o possível papel do blockchain em uma libra digital — do que em outras declarações do BoE.

“Como responsabilidade do Banco da Inglaterra, uma CBDC seria o tipo mais seguro de dinheiro disponível”, disse Mutton. Em seguida, ele distinguiu, de forma sutil, a possível CBDC britânica de stablecoins privadas ao compará-las com outras formas de dinheiro privado:

A capacidade de converter, sob demanda, dinheiro “privado” — como um depósito bancário — em dinheiro “público”, emitido por um banco central, na forma de dinheiro em espécie, é uma base dessa confiança.

Também promove a compreensão de que diferentes tipos de dinheiro são uniformes e os torna substituíveis.

Notícias recentes enfatizaram crescentes receios em relação ao uso energético da rede Bitcoin, resultando em amplas críticas à tecnologia blockchain.

Embora Mutton tenha sido cuidadoso em dizer que o BoE não confirmou a emissão de uma CBDC, muito menos especificou a tecnologia que serviria de alicerce, ele afirmou que ainda “não vamos separar o joio (bitcoin) do trigo (blockchain)”.

O discurso de Mutton destacou respostas a um artigo de discussão sobre CBDCs que o BoE havia publicado em 2020. 39% dessas respostas vieram de empresas de tecnologia e fintech enquanto apenas 5% vieram de instituições financeiras.

No geral, Mutton disse que as respostas foram favoráveis para uma abordagem cuidadosa:

Qualquer que seja a opinião de um respondente sobre a possibilidade de uma CBDC ser lançada ou não, houve um acordo universal de que os prós e contras precisam ser estudados de forma aprofundada.

O amplo envolvimento é necessário conforme a evidência foi coletada e a consulta aberta é essencial antes de apresentar quaisquer conclusões.

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