Economia

Países pró-mercado irão liderar crescimento da América Latina em 2019

10 dez 2018, 18:26 - atualizado em 10 dez 2018, 18:26

A equipe de análise da Moody’s preparou relatório sobre perspectivas na América Latina em 2019, apontando para pequena melhora econômica, o que deverá gerar crescimento para a região.

Os economistas Juán Pablo Fuentes, Jesse Rogers e Colin Seitz, em conjunto com o diretor da América Latina Alfredo Coutiño, acreditam que a recuperação no investimento em conjunto com aprimoramento dos termos de troca da região serão os principais drivers para a melhora na atividade econômica.

2018: Variáveis externas, instabilidade interna

A Moody’s ressaltou o arrefecimento do crescimento do PIB neste ano, quando confrontado com o mesmo período do ano passado, citando variáveis externas, como aumento da aversão ao risco e da volatilidade, em decorrência da normalização da política monetária pelo Federal Reserve e das restrições no comércio internacional, vide guerra comercial entre China e EUA.

No caso de Brasil e México, preocupações acerca de um governo populista-nacionalista foram os fatores citados como propagadores de volatilidade no mercado doméstico. Além disso, a equipe compara os dois países no não avanço do investimento fixo em 2018. Do lado positivo, “melhoras significativas nas balanças comerciais de Brasil, Chile e Peru foram notáveis”.

2019: reformas em vista, setor externo em alta

Para o próximo ano, a equipe destaca desaceleração do crescimento no México e melhora na expansão do produto em Brasil, Colômbia, Peru e Uruguai. “O avanço em reformas estruturais no Chile, Brasil, Peru e Colômbia – países controlados por governos mais pró-mercado – acelerarão o investimento fixo e consequentemente expandirão a capacidade produtiva”, destaca a Moody’s, ressaltando a importância das reformas estruturais e o perfil mais market friendly do novo governo.

O setor externo, de acordo com a equipe, continuará dando suporte ao crescimento da região em 2019, principalmente devido a efeitos de depreciação nas moedas locais, o que torna as exportações mais competitivas. A Moody’s destaca também o ajuste externo realizado por Brasil e México, tornando-os menos vulneráveis a choques.

Por fim, a equipe projeta crescimento de 2% para o Brasil em 2019 e destaca que o novo governo não representa uma ameaça ao mercado, e possui como maiores desafios corrigir rapidamente o descompasso fiscal, restaurar a credibilidade, atrair investimento e manter o crescimento da economia.

 

Graduado em Ciências Econômicas pela USP, tendo cursado mestrado em Ciências Humanas e em Economia na UFABC, Valter Outeiro acumulou anos de vivência no mercado financeiro através de passagens nas áreas de estratégia de investimentos dentro de private banks, em multinacionais produtoras de índices de ações e em redações de jornalismo econômico.
Linkedin Instagram
Graduado em Ciências Econômicas pela USP, tendo cursado mestrado em Ciências Humanas e em Economia na UFABC, Valter Outeiro acumulou anos de vivência no mercado financeiro através de passagens nas áreas de estratégia de investimentos dentro de private banks, em multinacionais produtoras de índices de ações e em redações de jornalismo econômico.
Linkedin Instagram
Leia mais sobre:
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.