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China recupera rebanho de porcos e quem comemora é M. Dias Branco e JBS

16 jun 2021, 15:18 - atualizado em 16 jun 2021, 15:30
Trigo Commodities Agronegócio
Com um cenário de trigo mais barato, ajudado pela recuperação do rebanho suíno chinês, a ação da M. Dias Branco é a favorita no setor, segundo a Ágora Investimentos (Imagem: Unsplash/Warren Wong)

A China está bem perto de recuperar seu rebanho de porcos aos níveis anteriores à peste suína africana (ASF, na sigla em inglês), conforme indica reportagem publicada pelo Financial Times.

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E duas ações do agronegócio brasileiro têm muito a ganhar com a carga total dos chineses, segundo a Ágora Investimentos.

A China anunciou que seu rebanho suíno cresceu 23% na comparação anual em maio e que seu rebanho de porcas atingiu em maio 98,4% dos estoques no final de 2017, ante 97,6% em abril.

As preocupações crescentes de que o mercado local de carne suína está ficando inundado levaram a uma queda de mais de 30% nos contratos futuros de suínos negociados em Dalian, o que permite aos investidores apostar na direção futura dos preços, desde o lançamento em janeiro, segundo o jornal britânico.

De acordo com o relatório ao qual o Money Times teve acesso, o país asiático parece estar a cerca de 2 meses de recuperar seu rebanho de porcas para os níveis do final do ano de 2017, o que, na opinião da Ágora, indicaria que a China se recuperou totalmente da doença.

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“Com a queda dos preços da carne suína, acreditamos que há um risco de o país se estabilizar ou mesmo cortar seu rebanho suíno no segundo semestre e em 2022 para evitar maior deterioração da lucratividade dos produtores de suínos — uma queda adicional nos preços da carne“, explicam os analistas Leandro Fontanesi e José Cataldo, que assinam o relatório.

Como ações agro brasileiras saem ganhando?

Mercados - Ibovespa
A recuperação do rebanho suíno chinês deve baratear os preços dos grãos nos mercados, o que favorece ações agro brasileiras que têm em tais commodities custos consideráveis, caso da M. Dias Branco e da JBS (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)

O cenário de carga total do rebanho suíno chinês corrobora com a visão de queda nos preços dos grãos já a partir de julho e em 2022, segundo os analistas, uma vez que a recuperação do rebanho (que aumentou as importações de grãos do país devido à maior necessidade de alimentação dos animais) tem sido um dos principais impulsionadores da alta preços dos grãos no ano passado e agora.

Em meio à tal dinâmica, a principal escolha no setor atende por M. Dias Branco (MDIA3), já que preços mais baixos de grãos poderiam reduzir seus custos de trigo — que representa cerca de 45% dos custos totais da companhia.

Outros nomes que geralmente se beneficiam dos preços mais baixos dos grãos são BRF (BRFS3), mas quem merece realmente atenção é a JBS (JBSS3), segundo a Ágora, apesar da queda nos preços da carne suína pode aumentar as preocupações de que a China possa reduzir as importações de carne.

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Veja a seguir as recomendações da Ágora Investimentos no agronegócio:

Empresa Código Recomendação Preço-alvo (R$)
BRF BRFS3 Neutra 32
JBS JBSS3 Compra 38
M. Dias Branco MDIA3 Compra 34

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Repórter
Repórter de renda fixa do Money Times e Editor de agronegócio do Agro Times desde 2019. Antes foi Apurador de notícias e Pauteiro na Rede TV! Formado em Jornalismo pela Universidade Paulista (UNIP) e em English for Journalism pela University of Pennsylvania. Motivado por novos desafios e notícias que gerem valor para todos.
lucas.simoes@moneytimes.com.br
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