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Cogna: termos do acordo com Eleva decepcionam, e analistas mantêm recomendação neutra

23 fev 2021, 16:13 - atualizado em 23 fev 2021, 16:13
Na avaliação da XP Investimentos e do BTG Pactual, os termos do acordo entre Cogna e Eleva vieram piores do que o estimado (Imagem: YouTube/Cogna)

A Cogna (COGN3) informou ontem à noite (22), em fato relevante divulgado ao mercado, que assinou com a Eleva Educação um acordo de compra e venda de ativos relacionados ao sistema de ensino básico. Os analistas, que já esperavam pela confirmação da transação, ficaram um pouco decepcionados com os valores acordados.

Por meio da subsidiária Vasta, a Cogna vendeu à Eleva a sua operação de educação básica B2C (Business to Consumer), enquanto a Eleva vendeu à Cogna seu sistema de ensino de educação básica B2B (Business to Business).

A Vasta vai pagar R$ 580 milhões na aquisição. O montante, correspondente a um múltiplo de Ebitda de 16,6 vezes em relação ao ano de 2020, será dividido em parcelas ao longo de cinco anos, devidamente atualizadas pela variação positiva do CDI.

A Eleva pagará R$ 964 milhões, dos quais R$ 625 milhões serão quitados ao longo de cinco anos e o restante será pago em debêntures conversíveis a serem emitidas pela Eleva no fechamento da transação. Em caso de oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) pela Eleva, as debêntures serão convertidas em novas ações de emissão da empresa.

Além disso, a Cogna e a Eleva vão assinar um acordo comercial com prazo de validade de dez anos para fornecimento de material escolar à Eleva com desconto anual de R$ 15 milhões nos primeiros quatro anos de vigência do negócio e formação de uma parceria entre Saber, Vasta e Eleva para o desenvolvimento de novas ferramentas educacionais e expansão das escolas da Eleva no Brasil.

O acordo comercial visa o fornecimento dos sistemas de ensino da Vasta para aproximadamente 90% dos atuais alunos da Eleva, bem como 100% dos alunos da Saber, além de todas as novas escolas com o mesmo perfil que venham a ser abertas ou adquiridas pela Eleva durante a vigência do contrato.

Na avaliação da XP Investimentos e do BTG Pactual (BPAC11), os termos do acordo vieram piores do que o estimado. As duas instituições mantiveram a recomendação neutra da ação, com preços-alvo de, respectivamente, R$ 5,10 e R$ 5,40.

“Os investidores mais otimistas tinham esperanças de que a transação solucionasse o problema de alta alavancagem da Cogna, mas não foi o que aconteceu”, afirmaram Samuel Alves e Yan Cesquim, do time de análise do BTG. Os analistas destacaram que a alavancagem continua dependente da retomada do core business da companhia.

Veja o fato relevante divulgado pela Cogna:

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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