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Com o Seleto no mesmo caminhão, a Camil vai carregar até 7% do mercado de café

14 set 2021, 12:57 - atualizado em 14 set 2021, 14:35
Produtor pode sentir a melhora logística e ganhos adicionais com a entrada da Camil no setor de café (Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Como a Coca-Cola e outras grandes companhias de marcas únicas (ou do mesmo segmento) que passaram a vender e a carregar outros produtos no mesmo caminhão, iniciando uma diversificação que não parou mais pelo ganho de sinergias, é o que a Camil (CAML3) amplia com a estreia no café.

Do arroz, onde ficou conhecida, foi para o feijão, pulou para as massas ao comprar a Santa Amália e, agora, leva a tradicional marca Seleto, a terceira marca líder do grupo JDE Brasil. Todas as mercadorias vão para o mesmo destino, o supermercado.

Essas “ações melhoradas de comercial e de logística” representarão entre 5% e 7% do mercado nacional de café, que é o volume estimado de participação da Seleto, a marca mais antiga do portfólio dos ex-donos, opina Natan Herszkowicz, presidente do Sindicafé São Paulo.

Junto com as marcas Pilão, líder nacional, e Pelé, que ainda pertencem à JDE, as estimativas são de 35% a 38% de market share no mercado brasileiro, sendo que só em São Paulo representam aproximadamente 800 mil sacas anuais adquiridas dos cafeicultores. O grupo também é proprietário do café Moka.

Ao abrir a porteira para potencial aquisição de outras marcas, num setor que vem se consolidando há anos com várias marcas sob o mesmo guarda-chuva, segundo Herszkowicz, que também já presidiu a Abic, os produtores sentirão, com o tempo, os ganhos que a organização comercial e de distribuição refletirão na cadeia.

Ainda não há informações sobre valor envolvido e mais detalhes se aquisição corresponde apenas à propriedade intelectual, portanto o grupo vendedor passaria a ser terceiro na produção.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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