Confira alguns mitos comuns sobre tokens não fungíveis (NFTs)

Parte 1 / Parte 2

Existem diversas concepções equivocadas sobre NFTs, então vamos discutir algumas das críticas mais comuns para os novatos desse mercado.

Eu não posso apenas capturar a tela de um NFT que é uma obra de arte digital ou uma imagem? Por que eu preciso do NFT?

É claro que você pode capturar a tela e pendurar um NFT na sua parede de casa. Você também pode fazer isso com arte. Mas não é porque você pendura um quadro da Mona Lisa na sua casa que aquela é a Mona Lisa.

Embora não esteja à venda, a Mona Lisa custaria centenas de milhões de dólares para alguns investidores enquanto uma imagem da internet seria suficiente para outros.

A arte também é única, pois é um esporte aos ultrarricos que querem adquirir obras de arte por questões sentimentais (por gostarem do artista, por exemplo) e não por acharem que irá acumular certo valor ao longo do tempo.

Como NFTs são avaliados?

Só porque algo está na forma de um NFT que é valioso. Assim, se um influenciador do Twitter ou Instagram te diz que um NFT é colecionável, isso não o torna em um colecionável valioso.

Muitos colecionáveis não têm valor ou o perdem ao longo do tempo. Assim como grande parte dos bens ou serviços, o preço ou valor é o que alguém está disposto a pagar. Ao longo do tempo, o mercado decide o valor verdadeiro de NFTs, assim como o faz com o bitcoin.

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Como NFTs funcionam com artigos físicos?

Quando falamos de artigos físicos de arte, sapatos e qualquer outro tipo de bem, sempre existe o risco de um bem físico ser alterado, danificado, substituído ou destruído. Nesse sentido, NFTs basicamente atuam como uma melhor certificação do que certificados físicos ou digitais tradicionais.

Como funcionam os direitos autorais em NFTs?

Existem dois tipos de direitos autorais: um dentro do blockchain (“on-chain”) e outro fora dele (“off-chain”). Direitos autorais no blockchain, como o pagamento a artistas pelas vendas subsequentes de sua arte acontecem automaticamente em contratos autônomos.

Já direitos autorais fora do blockchain — como alguém que toca uma música ou a utiliza no YouTube sem direitos de licenciamento — precisam de componentes externos, geralmente na forma de aplicação da lei (ações legais).

Por que a governança digital é importante?

Conforme cada vez mais valor é criado nos mundos digitais, a governança nesses ecossistemas se torna mais importante. NFTs são registrados no blockchain assim como criptomoedas, então quando a governança é transferida, não é algo que possa ser revertido.

Como “tokens”, possuem uma identificação única que os diferencia de outros NFTs. Já que blockchains são geralmente abertos — ou seja, qualquer um pode visualizar o histórico de transações —, é fácil entender quem possui um ativo específico.

Dessa forma, NFTs são verificáveis como obras de arte históricas: viajam de forma segura entre partes, possuem certas qualidades que os distinguem de cópias e qualquer um pode fazer essas determinações. O poder da governança digital certifica que o valor que uma pessoa cria está sob sua posse e seu controle.

NFTs são criados digitalmente ou tokenizam ativos do mundo real em uma rede blockchain. Ativos físicos que são tokenizados ainda têm seus desafios, mas podem aproveitar as eficiências existentes da tokenização e da automatização de contratos autônomos.

Ativos digitais criados como NFTs possuem direitos de propriedade, em que a governança sobre um ativo pode ser facilmente comprovada.

Já que NFTs são basicamente um meio de transferir dados e valores em blockchains, tokens não fungíveis facilitam uma abundância de oportunidades. Esses usos variam bastante, desde conteúdos digitais a produtos financeiros.

Assim como o bitcoin impulsionou a importância da soberania financeira, NFTs facilitam a governança de todos os criptoativos.

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